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Casal adotou 88 crianças com necessidades especiais

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Ao longo das últimas quatro décadas, um casal adotou 88 crianças com necessidades especiais em um esforço para dar a cada uma delas uma vida melhor. Mike e Camille Geraldi são de Ellijay/Geórgia e se conheceram em meados de 1973, quando desempenhavam suas funções (pediatra e enfermeira, respectivamente) no Hospital Infantil de Miami. Ambos, em uma decisão inequívoca, decidiram ajudar as crianças que sempre fizeram parte de suas rotinas de trabalho. A maioria delas precisava de cuidados ininterruptos e, acima de tudo, de amor genuíno.

Quando os dois se conheceram, Camille já havia adotado três das crianças. Mike entendeu qual era o objetivo da enfermeira e decidiu apoiá-la em tudo, no sentido de tornar aquele objetivo o seu também. “Quando Mike me pediu em casamento, eu disse a ele que queria fazer uma casa para crianças deficientes e ele disse: ‘Eu quero seguir seu sonho'”, relata Camille para a CNN.

A grande e linda família é formada por crianças com paralisia cerebral, má formação congênita e síndrome de Down. Algumas têm autismo ou deformidades faciais extremas. “Uma delas nasceu com apenas um tronco cerebral”, continuou. “Nós cuidamos dela, que viveu até os 25 anos de idade e nunca teve escaras”. Ao adotar dezenas das crianças, Camille e Mike também tiveram três filhos biológicos, com a mais velha de suas duas filhas atualmente trabalhando como enfermeira.

Fortaleza

Os Geraldi nunca tiveram tempo para descansar em razão dos diversos percalços enfrentados. No entanto, eles tinham algo mais forte do que as eventualidades e tragédias da vida: amor de (e em) família. Em 1992, o furacão Andrew destruiu a tradicional casa deles. As crianças ficaram bem, mas a família teve que se mudar para cabanas da Carolina do Norte. Como se não fosse o bastante, em 2011, enquanto a família estava em um acampamento, um raio atingiu a nova propriedade. O fogo destruiu tudo: casa, os veículos e qualquer tipo de segurança.

Mesmo assim, o casal se esforçou para conseguir um novo lar para a família. A insistência residia na necessidade de continuar adotando bebês que precisavam de afeto e cuidados constantes. Enquanto isso, a vida ia acontecendo: algumas crianças morriam e outras cresciam; jovens permaneciam na casa e outros se afastavam. Ao todo, o casal adotou 88 crianças com necessidades especiais.

Cerca de três anos após o incêndio, os Geraldi finalmente fizeram uma breve viagem em Orlando. “As férias com uma criança não são férias. Chama-se ‘viagem'”, brincou Camille. Contudo, a viagem foi bruscamente interrompida. Mike não parecia estar muito bem e o pior aconteceu.

As crianças mantiveram-se em torno do leito hospitalar antes, durante e após a morte do pai devido ao câncer. Camille passou por muita coisa, mas não se sentia na posição de se entregar ou desistir: “eu não podia chorar, senão os meus filhos teriam desmoronado”.

Sem arrependimentos

Hoje, a família permanece extremamente forte e acolhedora, mesmo com problemas financeiros. Camille e todos os seus lindos filhos dependem do dinheiro arrecadado pela Possible Dream Foundation, que se esforça para melhorar a qualidade de vida das crianças e dos adultos. A fundação teve início quando a quantidade de filhos ultrapassou a marca dos 18. Consequentemente, à medida em que o projeto crescia, os objetivos se estenderam para outros horizontes.

Além de ajudar com os custos dos Geraldi, a Possible Dream Foundation auxilia outras famílias também, com reforço escolar  e/ou treinamento profissional para crianças e adultos com deficiência. Dessa maneira, Camille não ajuda apenas as pessoas que fazem parte de seu contexto familiar. Até porque a ideia sempre foi proporcionar um lar amoroso onde as crianças pudessem atingir seu pleno potencial.

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