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Catar está tão quente que ares-condicionados externos são realidade

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O calor em Goiânia é muito? Existem lugares piores. E o Catar é um deles. Em Doha, por exemplo, o verão é longo, escaldante, abafado, árido e de céu parcialmente encoberto. Em contrapartida, o inverno é agradável, seco, de ventos fortes e de céu quase sem nuvens. Em suma, ao longo do ano, a temperatura varia entre 14 °C e 42 °C. Além disso, raramente, é inferior a 10 °C ou superior a 45 °C.

A descrição parece não fazer jus ao calor que toma conta do país. No entanto, a recente atitude do país pode chocar. O Catar decidiu equipar mercados, calçadas, shoppings abertos e até estádios de futebol com aparelhos de ar-condicionado. Basicamente, embaixo de cada um dos 40.000 assentos do estádio Al Janoub, um dos principais da Copa do Mundo, os torcedores, além de estarem protegidos do sol, serão agraciados com vento gelado nos tornozelos. A arena é a primeira na qual o sistema de condicionamento do ar é feito por saídas localizadas sob os assentos.

Medidas

Analogamente, de acordo com o jornal The Guardian, o país está tão preocupado em manter seus visitantes frescos em 2022, ano do mundial, que triplicou o orçamento inicial da obra da arena. O valor, entretanto, não foi divulgado.

Além de ventilar os torcedores, o sistema também conta com as propriedades físicas do ar gelado que, mais pesado, afunda e chega também aos jogadores no campo, reporta o jornal The Washington Post.

O país desértico, uma península colada à Arábia Saudita, no Golfo Pérsico, tem invernos suaves e verões intensos. Basicamente, há duas estações: uma mais fria, entre dezembro e fevereiro, e outra escaldante, de abril a outubro. Mesmo assim, o Catar é considerado um dos lugares mais quentes do mundo.

Em suma, as temperaturas médias do Catar já estão 2º C acima da média registrada nos tempos pré-industriais. Em 2015, a cúpula do clima em Paris acordou que seria melhor manter o aquecimento global abaixo dos 1,5ºC, no final deste século, para limitar os danos ao meio ambiente.

A Copa está marcada para novembro, quando o calor fica “mais ameno”. Mas as temperaturas ainda podem chegar aos 30ºC, especialmente em tempos de aquecimento global.

Parâmetro

Basicamente, o ar-condicionado consome uma quantidade relativamente alta de energia. Ainda nesse ínterim, estima-se que 20% do total da eletricidade usada em edifícios, em todo o mundo, são de condicionadores de ar e ventiladores elétricos. Como a maioria dos países ainda depende fortemente de combustíveis fósseis para a produção de energia doméstica, isso significa que o ar-condicionado é responsável por muitas emissões de gases de efeito estufa.

Em suma, muitas tecnologias de refrigeração utilizam hidrofluorcarbonetos (HFC), que também atuam como poluentes climáticos. Além disso, muitas vezes, até podem ocasionar danos maiores de dióxido de carbono. Embora os acordos internacionais estejam criando um esforço global para coibir o uso, o HFCs continuam sendo uma grande ameaça à saúde do planeta.

Ironicamente, a demanda por ar-condicionado aumentará. De acordo com a Agência Internacional de Energia, a demanda global de energia dos aparelhos de ar -condicionado poderá triplicar até 2050.

O Catar, por exemplo, já é um dos maiores emissores de carbono per capita do mundo. Imaginem como ficará com o passar do tempo…

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