Curiosidades

”Cérebros” são encontrados em lago no Canadá

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Não, não estamos falando de cérebros humanos soltos em um lago. Ainda bem, porque isso seria muito estranho. Mas sim, criaturas que formam pequenas bolhas parecidas com cérebros. Essas criaturas misteriosas estão aparecendo no Canadá e intrigando os cientistas. Na verdade, elas se parecem mais com adornos presentes em um filme de terror alienígena do que um cérebro propriamente dito. No entanto, essas estruturas “bizarras” são, na verdade, colônias de várias criaturas minúsculas.

Esses organismos viscosos, por assim dizer, só foram notados recentemente graças aos baixos níveis de água na região do lago no Stanley Park, em Vancouver, no Canadá. Embora só tenham sido descobertas agora, essas criaturas, conhecidas como briozoários, existem na Terra há centenas de milhares de anos. Inclusive, bem antes dos primeiros dinossauros caminharem pelo planeta. O fato é que agora essas criaturas estão se multiplicando e se espalhando por aquela região. E até agora, os cientistas não sabem explicar o motivo.

Os briozoários

Dentro do Lago Perdido, do Stanley Park, uma estranha bolha amorfa apareceu e tem alimentando a imaginação das pessoas. A estrutura, que lembra muito um “cérebro” humano gelatinoso, é conhecida como Pectenatella magnifica pela comunidade científica, mas é mais comumente chamada de briozoário. O que poderia ser facilmente relacionado a qualquer organismo alienígena, se fez de uma reunião gelatinosa de centenas de “zoóides” individuais de briozoários.

Como esses zoóides são estruturas milimetricamente pequenas, é necessário a junção de centenas deles para formar essas estranhas colônias ‘cerebrais’. Além do mais, estruturas gelatinosas são hermafroditas, ou seja, possuem todos os órgãos reprodutivos necessários dentro de cada um deles. Assim, eles estão se reproduzindo muito rapidamente e em grande escala.

Eles se espalham a partir de suas colônias por meio de “estatoblastos”. Lembrando que as células de um único zoóide pode se reproduzir assexuadamente para formar uma nova colônia semelhante a essas estruturas gelatinosas.

Registros fósseis revelaram os ancestrais do briozoário moderno. De acordo com esses dados, essas criaturas já existiam há pelo menos 470 milhões de anos. No entanto, nunca foram vistas fora da região leste do rio Mississippi, no Estados Unidos.

Espécie invasora

Devido ao seu ciclo de vida único e sua forma de sustento, os cientistas classificam os briozoários como uma espécie potencialmente “invasiva”. Justamente por se estabelecerem em algas e em águas repletas de nutrientes, sua proliferação pode acabar privando outros organismos locais, de extrema importância para o ecossistema de uma região.

Ainda não se sabe exatamente o porquê e como o briozoário começou a migrar para o norte. Os cientistas acreditam que o aquecimento global possa estar relacionado a isso. Possivelmente, as altas temperaturas tenham forçado os estranhos organismos a saírem de seu habitat natural. Mas isso é apenas especulação. Não há nenhuma evidência concreta que confirme essa hipótese.

Outra teoria sugere que esses organismos sempre estiveram ali, mas que não eram tão fáceis de serem detectados. Cientistas analisaram recentemente um espécime encontrado em um pequeno lago na região sul do parque. “São criaturas um pouco firmes, mas gelatinosas”, disse Kathleen Stormont, da Stanley Park Ecology Society, ao Vancouver Courier.

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