Política

China considera posição de autodefesa do Irã e não condena ataque a Israel

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O clima está tenso entre os países orientais, com China e Irã aparentemente do mesmo lado. Em um comunicado, os ministros das Relações Exteriores da China afirmaram que “não condenam” o ataque do Irã a Israel, tomando um partido no acontecimento e chamando de “exercício do direito de autodefesa”.

Conforme comunicado, o ministro Wang Yi afirmou ao seu colega iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, que a China condenou o ataque ao prédio do consulado no complexo da embaixada iraniana em Damasco.

O ministro das Relações Exteriores chinês enfatizou que o incidente “viola gravemente o direito internacional e é inaceitável”.

O comunicado também afirmou que a China observou a declaração do Irã, no qual mencionava que suas ações foram limitadas e um exercício do direito de legítima defesa em resposta ao ataque ao edifício da embaixada.

O comunicado também citou Amir-Abdollahian, destacando que “a atual situação regional é muito sensível e o Irã está disposto a exercer contenção, não tendo a intenção de agravar ainda mais a situação”.

Via O Globo

China e Irã se manifestaram

Em uma reunião realizada na segunda-feira, o Enviado Especial da China para o Oriente Médio, Zhai Jun, encontrou-se com a Embaixadora de Israel na China, Irit Ben-Abba Vitale, onde falou sobre suas preocupações com os conflitos em Gaza.

Zhai Jun afirmou que a China está preocupada com a forma que as tensões se escalaram, e China e Irã não querem mais “um derramamento de sangue sem propósito”.

Um comunicado do Ministério das Relações Exteriores declarou que o cessar-fogo seria urgente, com o fim das hostilidades em Gaza.

Mesmo com a fala da China, o ministro também pontuou que é a favor de encerrar os conflitos e permitir que Israel e a Palestina coexistam em harmonia.

Entenda a situação

A declaração da China e Irã veio após um ataque do Irão em território israelita no sábado (13 de abril).

À meia-noite, as autoridades emitiram avisos sobre ataques aéreos. As pessoas procuraram abrigo porque ouviram o som de explosões de aeronaves e fogo antiaéreo.

No entanto, muitos drones e mísseis foram abatidos por apoiadores de Israel antes de chegarem ao território israelense.

Pelo menos nove países estiveram envolvidos nessa escalada militar. Foram diversos mísseis que Israel, EUA, França e Jordânia enviaram para Irão, Iraque, Síria e Iémen.

Por isso, a China e Irã concordaram no posicionamento de “autodefesa” após essa investida do lado oposto.

Mesmo assim, nesse ataque, 13 pessoas morreram, incluindo um general de 63 anos com uma longa história de serviço no Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC).

As autoridades disseram no fim de semana que os militares israelenses estavam em alerta máximo e “monitorando todos os alvos”.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, almirante Daniel Hagari, disse que o Irã lançou mais de 300 bombas contra Israel durante a noite, mas derrubaram 99% dos disparos. Ele acrescentou que alguns dos lançamentos vieram do Iraque e do Iêmen.

Hagari também disse que alguns mísseis iranianos atingiram o território israelense, causando danos menores, mas sem vítimas.

O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse que tiveram poucos danos, mas permanecem atentos.

A única baixa teria vindo após informes dos serviços de emergência de Israel. Eles disseram que uma menina beduína de 7 anos foi ferida por destroços ao sul de Arad, mas está viva.

Via CNN

Esperam resposta

Para o porta-voz, a resposta foi de grande escala, aumentando as tensões, mas afirmou que Israel está preparado para trabalhar com ‘força total’.

Após o ataque, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que “eles venceriam”.

Além disso, o ministro centrista Benny Gantz disse que Israel vai responder “quando chegar a hora” e vai “cobrar o preço” do ataque.

Enquanto isso, Joe Biden, presidente dos EUA, organizou uma reunião online dos líderes do G7. Oficialmente, a Casa Branca insistiu que não quer ver a crise no Médio Oriente aumentar.

O presidente Biden disse ter reafirmado “o firme compromisso da América com a segurança de Israel”. Contudo, pela primeira vez, disse também que os EUA não vão participar de um ataque se Israel decidir retaliar os países orientais, como o Iêmen, China e Irã.

 

Fonte: CNN, UOL

Imagens: CNN, O Globo

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