Ciência e Tecnologia

Cientistas brasileiros querem detectar Covid-19 pelo som da tosse

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Você já imaginou fazer o teste de Covid-19 pelo som da tosse? Pode parecer uma ideia um tanto quanto inusitada, mas em breve, pode ser uma realidade. Isso porque, o Instituto Butantan, de São São Paulo, e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro, estão trabalhando juntamente com a Intel para desenvolver a tecnologia.

Essa é uma parceria público-privada que busca investigar sinais específicos da doença causada pelo novo coronavírus na tosse de suspeitos da doença. Dessa forma, a ideia é encontrar mais uma ferramenta para se obter o diagnóstico da doença.

Os áudios passarão por um sistema Inteligência Artificial

No momento, o estudo ainda se encontra em fase de testes. No entanto, conforme os resultados da pesquisa se mostrem positivos, a tecnologia possibilitará o diagnóstico de outras doenças pulmonares. Além de também, investigações clínicas e epidemiológicas remotas. Dessa forma, os testes estão sendo realizado por meio de um novo modelo baseado em Inteligência Artificial (IA), desenvolvido pela própria Intel.

Em sua primeira etapa, a pesquisa está em busca de voluntários. Para participar do estudo, os voluntários devem ser maiores de 18 anos e poderão contribuir por meio do portal SoundCov. Depois de gravar um áudio de sua tosse, de 30 a 60 segundo, o usuário deverá responder algumas perguntas. Essas são perguntas sobre dados clínicos e sobre a saúde mental. Além disso, vale lembra que todas as informações permanecerão anônimas e todo processo pode ser feito pelo celular. Para acessar a página do portal, basta clicar aqui.

Nessa fase da pesquisa, os dados serão usados para melhorar a precisão da tecnologia. Assim, ao todo, são esperadas ao menos 900 amostras, sendo que, 300 serão de indivíduos saudáveis, 300 de pessoas que testaram positivo para Covid-19 e outras 300 com outras doenças voluntárias. Depois disso, com as amostras coletadas, a pesquisa seguirá para a fase de treinamento. De acordo com os pesquisadores, a previsão é que o serviço se inicie até o próximo mês.

Entendendo melhor como a tecnologia funcionará

Para entender o estudo, primeiro, precisamos entender que síndromes respiratórias se manifestam por meio de sintomas e características diferentes. Por exemplo, a tosse da gripe é, em partes, diferente da tosse de Covid-19. Nesse sentido, a pesquisa busca entender melhor como diferenciar as peculiaridades de cada doença. Dessa forma, tudo isso será feito por meio da Inteligência Artificial. “Através de IA, buscamos criar uma ferramenta para identificar e oferecer um diagnóstico provável de um paciente com suspeita de COVID-19”, afirma Julio Croda, infectologista e pesquisador da Fiocruz.

Segundo Dimas Tadeu Covas, membro do Comitê de Saúde do governo do Estado de São Paulo e do Instituto Butantan, a IA é fundamental na pesquisa. “Na pandemia, a IA é mais uma forma de ampliar o acesso da população à saúde. Ao mesmo tempo, a ferramenta aumentará a rastreabilidade de infectados“, afirma.

Essa pesquisa é resultado de ação do Movimento Brasil Competitivo (MBC) juntamente ao governo de São Paulo e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Além disso, também conta com a participação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e da Universidade de São Paulo (USP).

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