Ciência e Tecnologia

Cientistas captaram um sinal de rádio do outro lado do universo

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As rajadas de rádio rápidas, também conhecidas como FRBs na sigla em inglês, são alguns dos eventos mais misteriosos e poderosos do universo. As FRBs são rajadas de ondas de rádio muito brilhantes e que duram apenas alguns milissegundos, vindas do espaço.

FRBs são tão poderosas que conseguem se deslocar pelo universo de forma extremamente rápida. Porém, é quase raro conseguir captá-las. Apenas 80 delas foram testemunhadas até o momento. Entretanto, suas origens permanecem como um verdadeiro mistério.

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos Estados Unidos, publicaram essa semana um estudo  sobre o assunto. Na publicação, eles afirmam ter rastreado uma rajada única de rádio que teria se originado há quase 8 bilhões de anos-luz de distância. Em janeiro de 2019, um telescópio no Canadá conseguiu capturar 13 rajadas de rádio rápidas. Todas aparentemente se originaram a cerca de 1,5 bilhão de anos-luz de distância.

No entanto, encontrar esse número de FRBs é muito mais fácil do que uma FRB solitária. Existe algo de muito comum entre todas as rajadas de rádio rápidas. Essa semelhança é a regularidade matemática. Elas emitem alguns sinais sonoros com os mesmos intervalos. Logo, FRBs sequenciadas são mais fáceis de serem rastreadas do que uma única rajada.

“Encontrar os locais das FRBs solitárias é um desafio porque requer um radiotelescópio que pode tanto descobrir esses eventos extremamente curtos quanto localizá-los com o poder de resolução de um prato de rádio de 1,6 metro de largura”, disse o autor do estudo e professor do Caltech, Vikram Ravi, em um comunicado.

As misteriosas FRBs

O local onde a rajada pode ter se originado parece se tratar de uma galáxia de tamanho similar a Via Láctea. Uma região com taxa de formação estelar tão baixa que os pesquisadores a chamaram de ‘galáxia suave’. O estudo foi publicado alguns dias após o anúncio feito por cientistas australianos e referentes a descoberta do sinal. A FRB captada foi chamada de FRB 190523.

Os pesquisadores analisaram uma enorme quantidade de dados coletados pelo Australian Square Kilometre Array Pathfinder. O líder do estudo, Keith Bannister, o chamou de “o grande avanço que o campo tem esperado desde que os astrônomos descobriram rajadas de rádio rápidas”. Agora, os cientistas concentrarão seus esforços na fonte que originou a rajada solitária. Assim, eles poderão compreender melhor o que a causou.

Por enquanto, eles estudam toda a potencialidade e o universo de dados que essa transmissão única carrega. Todo o caminho percorrido pela FRB, ao longo de distâncias surpreendentes, poderia revelar o que existe entre sistemas estelares.

“Essas explosões são alteradas pela matéria que encontram no espaço”, disse o professor e principal autor do estudo publicado recentemente, Jean-Pierre Macquart, em um comunicado. “Agora podemos identificar de onde eles vêm, podemos usá-los para medir a quantidade de matéria no espaço intergaláctico”.

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