Ciência e Tecnologia

Cientistas chineses conseguiram ‘teletransportar’ um objeto para o espaço, desse jeito

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Certamente você já ouviu falar de teletransporte. Este é um assunto que sempre divide opiniões, inclusive a de vários cientistas ao redor do mundo, e inclusive, é tema de muitos filmes de ficção científica. Ao ouvir a palavra já imaginamos que seria algo como o deslocamento de um objeto de um lugar para outro, de alguma forma que pudesse fazer com que ele se transformasse em um tipo de energia para chegar ao seu destino. Sabemos que até então não é possível fazer isso nem com objetos, e muito menos com humanos, mas será que é possível teletransportar alguma outra coisa?

Bom, parece que estamos bem próximos disso. Alguns cientistas chineses conseguiram a incrível façanha de fazer algo bem parecido. O teletransporte quântico, por exemplo, já existe a alguns anos e é capaz de enviar informações completas sobre uma partícula quântica, fazendo até mesmo com que uma nova versão da mesma partícula passe a existir na outra extremidade. Acontece que isso nunca havia sido realizado por uma distância tão grande quanto a alcançada pelos chineses.

O teletransporte quântico é diferente do que temos em mente, e abrange um fenômeno chamado de emaranhamento quântico, que é uma forte ligação entre duas partículas, onde qualquer alteração em uma delas irá alterar a outra, independente da distância entre elas.

Não envolve nenhum tipo de desmaterialização e nem materialização das partículas, o que ele faz é utilizar um fóton (partícula elementar que media a força eletromagnética) para transmitir à outra partícula, o estado quântico da original, fazendo com que o receptor se transforme em um clone daquela que foi enviada e os dois partilham da mesma existência, mesmo que habitando lugares diferentes do espaço. Por este motivo, o teletransporte é a tecnologia responsável pela eficiência da criptografia que conhecemos hoje.

Já faz alguns anos que os cientistas fazem experimentos do tipo, teletransportando informações de fótons e outras partículas de um ponto A a um ponto B, mas a questão é que o ponto B nunca havia sido em outro lugar se não na Terra.

Lançado em agosto de 2016, o satélite Micius orbita em cerca de 100 km de distância de nosso planeta, e os cientistas implantaram nele uma espécie de receptor, que funcionaria como um ponto B, caso tudo desse certo. Começaram então a desenvolver uma partícula em um ponto A, em uma estação no Tibete, e utilizara um laser de 1.3 watts e algumas lentes, usadas para transmitir e receber luz.

Gastaram certo tempo para conseguir tirar seus fótons para o teletransporte. Foram inúmeras tentativas falhas, já que os fótons acabavam se perdendo e destruíam o emaranhamento, mas não desistiram. Na última tentativa ocorrida recentemente, constatou-se a aparição do novo fóton no satélite, o que significava que finalmente, conseguiram realizar o ato.

Por mais que isso não signifique que estamos perto de conseguir realizar teletransportes humanos, por exemplo, é um grande avanço na tecnologia mundial, que permitirá a transmissão de informações de forma muito mais rápida e ajudará a aumentar a capacidade da criptografia, que funcionará de maneira ainda mais segura e eficiente.

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