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Cientistas clonam pela primeira vez um cavalo de Przewalski

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O nosso planeta é muito grande e rico em diversidade. Tanto na fauna, quanto na flora, temos uma grande variedade de espécies. No entanto, seja por seleção natural ou interferência do homem no meio ambiente, alguns animais foram considerados totalmente extintos.

O cavalo de Przewalski é uma subespécie selvagem de cavalo nativa dos desertos da Mongólia. Ele estava oficialmente extinto. Mas um pequeno cavalo chamado Kurt é um simbolo de esperança para a sobrevivência dessa espécie. Ele nasceu no dia seis de agosto e é o primeiro cavalo de Przewalski clonado com sucesso no mundo.

O que faz Kurt ainda mais espetacular é que ele foi clonado com material genético criopreservado há 40 anos. Ele reviveu a diversidade genética, que se pensava ter sido perdida décadas atrás.

“Espera-se que este potro seja um dos indivíduos geneticamente mais importantes de sua espécie. Temos esperança de que ele trará de volta variações genéticas importantes para o futuro da população de cavalos de Przewalski”, disse o zoólogo Bob Wiese, diretor de ciências da vida do San Diego Zoo Global.

Clone

As populações nativas dos cavalos de Przewalski que vagam pelas estepes diminuíram drasticamente depois da Segunda Guerra Mudial por conta de uma combinação de fatores como caça, competição com o gado quando os humanos invadiram seu território e invernos rigorosos.

O último avistamento confirmado de um desses animais na selva foi em 1969. Felizmente, alguns dos animais permaneceram em zoológicos, mas não foram muitos. O total de 12 cavalos eram os ancestrais de um programa de criação em cativeiro. Onze deles foram capturados na natureza entre 1899 e 1902 e outro em 1947. E é graças a esse programa de criação que hoje existem aproximadamente dois mil cavalos.

Esse crescimento é impressionante, mas não quer dizer que a população esteja livre de problemas. Os 12 ancestrais representam o que é conhecido como gargalo populacional, que é quando uma espécie sofre uma diminuição severa no seu número. Partindo disso, uma população pode se recuperar ou pode ser o começo do fim.

Uma das razões é a diversidade genética menor. Com menos variação, a população é menos capaz de se adaptar aos potenciais estresses ou mudanças no ambiente. E essas pequenas populações também se tornam a deriva genética. Isso quer dizer que algumas características têm uma chance maior de se perder quando a população é mais reduzida. O que diminui ainda mais a diversidade.

Além de tudo isso, as pequenas populações tem uma chance bem maior de endogamia, que pode causar depressão por endogamia. E isso tem como resultado algumas características indesejadas que se espalham pela população e diminui sua propabilidade de sobrevivência a longo prazo.

Material genético

Um cavalo de Przewalski chamado Kuporovic, viveu de 1975 a 1998, e tinha em seu pedigree uma ancestralidade única de dois pais selvagens. O que quer dizer que ele tinham muito mais variação genética do que qualquer parente vivo.

Por isso, em 1980, os cientistas pegaram uma amostra e a preservaram no Zoológico Congelado de San Diego. É claro que Kuporovic gerou filhos de forma natural. Mas Kurt nasceu 20 anos depois da morte de seu pai, sendo o material genético exato de Kuporovic revivido.

O Zoológico de San Diego fez uma parceria com o grupo de preservação da vida selvagem Revive & Restore e a ViaGen Equine, empresa de clonagem de animais de estimação, para conseguir criar um embrião usando o material genético de Kuporovic.

“Este novo potro de Przewalski nasceu totalmente saudável e reprodutivamente normal. Ele está batendo cabeça e chutando, quando seu espaço é desafiado, e ele está exigindo leite de sua mãe de aluguel”, disse Shawn Walker , diretor de ciências da ViaGen Equine.

Kurt é uma esperança não somente para sua espécie, mas também para outras espécies ameaçadas de extinção ao redor do mundo. Isso porque ele demonstra a viabilidade de longo prazo de um material genético preservado.

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