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Cientistas colocaram gene da inteligĂȘncia humana em macaco

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Os macacos são animais incríveis em todos os sentidos, sem contar que são os seres vivos que mais se parecem conosco, seja fisicamente, ou até mesmo no modo de agir. São incrivelmente inteligentes e capazes de fazer coisas que nem podemos imaginar. Não é atoa que cientistas sempre realizam alguns experimentos com esses animais, afim de saber um pouco mais a respeito de suas habilidades.

Esse foi o caso dos cientistas do Instituto de Zoologia de Kunming, na China. Eles colocaram um gene do cérebro humano em macacos. Isso melhorou a memória de curto prazo dos animais.

O estudo tinha como objetivo investigar como o gene MCPH1 poderia ter contribuĂ­do para a evolução do cĂ©rebro humano. Mas essa pesquisa trouxe outras questĂ”es e preocupaçÔes Ă©ticas quanto a introdução da inteligĂȘncia humana em outros primatas.

Gene

O gene MCPH1 estå presente em todos os primatas com alguma variação. Mas a versão que nós temos desse gene é diferente. Jå que o cérebro humano é maior, mais avançado e com um desenvolvimento mais lento.

Por esse motivo os cientista japoneses decidiram ver se a versão humana do MCPH1 poderia explicar os cérebros humanos mais complexos.

O geneticista Bing Su e sua equipe injetaram 11 embriĂ”es de macacos rhesus com a versĂŁo humana do gene. Nos animais que tiveram o gene injetado o cĂ©rebro deles se desenvolveu mais lentamente. Quando eles estavam entre dois e trĂȘs anos, eles se saĂ­ram melhor nos testes feitos de memĂłria de curto prazo.

O tamanho do cérebro e os comportamentos dos macacos geneticamente modificados não foram diferentes dos que não tinham sido modificados.

PreocupaçÔes

O estudo e o resultado parece pouco preocupante. Mas ele fez com que vĂĄrios cientistas o criticassem. De acordo com Rebecca Walker, bioĂ©tica da Universidade da Carolina do Norte, esse estudo pode representar o começo da criação de animais com inteligĂȘncia humana.

“Cientistas concordam que modelos de macacos Ă s vezes sĂŁo insubstituĂ­veis para a pesquisa bĂĄsica. Especialmente no estudo da fisiologia, cognição e doença humanas. E a distĂąncia filogenĂ©tica relativamente grande, entre macacos rhesus e humanos, alivia preocupaçÔes Ă©ticas”, explicou Su sobre a necessidade da sua pesquisa.

As espĂ©cies usadas no estudo, os macacos rhesus e os humanos, sĂŁo separadas por aproximadamente 25 milhĂ”es de anos de divergĂȘncia genĂ©tica. Mas esses animais sĂŁo menos parecidos com nĂłs em termos de capacidade social e cognitivas se comparados ao chimpanzĂ©s, por exemplo.

“Enquanto macacos e humanos tĂȘm genomas semelhantes, ainda existem dezenas de milhĂ”es de diferenças genĂ©ticas. Mudar um gene cuidadosamente projetado para a pesquisa nĂŁo resultarĂĄ em mudanças drĂĄsticas”, explica Su.

É bastante difícil que os macacos passem a se comportar como humanos. Mas Walker diz que isso não importa. “Estamos falando sobre a melhoria da memória de curto prazo. O que os colocaria mais perto de nós em termos dessas habilidades cognitivas”, disse.

Até agora essa mudança pode ser pequena. Mas alguns cientistas colocam em questionamento a possibilidade de os pesquisadores encontrarem um gene com um efeito maior na cognição dos animais e uså-lo.

“HĂĄ alguns elementos arriscados em seguir esse caminho. É preciso pensar nas consequĂȘncias e em qual Ă© a melhor maneira de estudar esse tipo de questĂŁo”, sugeriu James Sikela, geneticista da Universidade do Colorado.

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