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Cientistas criam acidentalmente híbrido de dois peixes ameaçados de extinção

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O nosso planeta é extremamente grande e, é claro, diverso. E impossível falar sobre diversidade no mundo sem citar os animais, que estão por toda parte e existem milhões de espécies. E ainda existem as espécies que teoricamente não eram feitas para cruzar e criam os híbridos.

E é de se pensar que depois de, pelo menos, 184 milhões de anos de evolução em continentes separados duas espécies de peixe seriam sexualmente incompatíveis. Era isso que os cientistas da Hungria pensavam. Mas eles colocaram o espermas de um peixe-paddle americano perto de ovos de um esturjão russo, no laboratório.

O objetivo era que os óvulos do esturjão se reproduzissem de forma assexuada através de um processo chamado ginogênese. Esse processo necessita da presença de espermatozoides sem a introdução de qualquer DNA real.

Mas esse processo não saiu como o planejado. No final das contas, o DNA acabou sendo transferido sem querer. E como resultado, se criou uma nova variedade de peixe que passou a ser chamada de “sturddlefish”.

Híbrido

O híbrido tem uma aparência bem estranha, já que é uma mistura de duas espécies bastante diferentes. Além de serem espécies que podiam nunca ter entrado em contato se não fosse a intervenção humana.

Os esturjões russos podem ser vistos ao longo dos mares, lagos e rios da Europa Oriental, Sérvia e Oriente Médio. Essa espécie não é vista nos Estados Unidos e nunca foi uma espécie introduzida ao país.

Já o peixe-paddle americano, como o próprio nome diz pode ser encontrado nos rios dos Estados Unidos. Eles usam o seu focinho longo em forma de remo para conseguir cavar sua comida para fora do lodo.

Os híbridos gerados dessas duas espécies são mais estranhos que seus pais. Alguns deles são mais parecidos com a mãe e outros com o pai. “Eu vi duas vezes. Eu simplesmente não acreditei. Pensei, hibridação entre esturjão e peixe-paddle? Não há como”, disse Solomon David, ecologista aquático.

Isso pode realmente parecer impossível. Mas mesmo eles tendo grandes diferenças, os peixes tem semelhanças notáveis. As duas espécies são conhecidas como fósseis vivos, assim como os crocodilos. Isso porque eles mudaram bem pouco durante toda a história evolutiva.

Ancestral

Os dois peixes têm um ancestral em comum, que viveu durante a era dos dinossauros. E por mais que possa parecer que isso tenha sido séculos atrás para nós, para os peixes, é apenas uma gota em um balde.

“Esses fenômenos podem levar a uma maior similaridade, compatibilidade e flexibilidade entre os genomas do esturjão e permitir a hibridação entre o esturjão russo e o peixe-paddle americano, apesar das grandes distâncias geográficas, fisiológicas e morfológicas”, disseram os autores.

A equipe ainda diz que essa descoberta é singular. Já que outras hibridizações entre famílias taxinômicas igualmente distante falharam.

Esses híbridos, provavelmente, são estéreis assim como os outros. Mas eles parecem sobreviver pelo mesmo tanto que o peixe americano. Alguns deles ainda estão vivos e nadando até hoje.

Nos planos do cientistas, não está a reprodução de peixes híbridos. Mas eles irão continuar estudando como o esturjão e o peixe-paddle se reproduziram, com a esperança de que isso possa salvar os peixes que estão à beira da extinção.

Atualmente, duas famílias de peixes estão bastante ameaçadas. O peixe-paddle chinês foi extinto. E segundo a União Internacional pra Conservação da Natureza, o esturjão está  “mais ameaçado de forma crítica do que qualquer outro grupo de espécies”.

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