Ciência e Tecnologia

Cientistas criam pele artificial para que seu smartphone sinta você

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De diversas formas, nossos smartphones, entre outros dispositivos móveis, basicamente, se tornaram extensões de nosso corpo. Quase, literalmente, aderindo a nossa pele. O que nos permitiu atingir e alcançar coisas, que nunca imaginamos antes. Estamos tão acostumados a tocar, digitar e deslizar os dedos sobre telas, sensíveis ao toque desses dispositivos, que seria, basicamente, impossível nos imaginar sem eles.

Atualmente, alguns cliques assistentes pessoais, como Siri e Alexa, nos dão um vislumbre do que está acontecendo no mundo. Marcadores de passos e distâncias informam nosso desempenho em atividades físicas e muitas de nossas memórias, são armazenadas em estruturas plastificadas com alguns, ou muitos, gigabytes de armazenamento.

Os componentes que cobrem e protegem esses equipamentos ainda nos lembram que eles são exatamente o que são, máquinas. Mas, e se trocássemos os materiais desses equipamentos por algo mais ‘biológico’? E se nossos gadgets, começassem a parecer mais humanos? Bom, esta é uma ideia que está sendo desenvolvida, por uma equipe de pesquisadores da França.

De acordo com o portal Gizmodo, o designer Marc Teyssier e sua equipe estão trabalhando em um projeto, chamado Skin-On Interface. Nele, um material, muito similar ao toque macio da pele humana, será utilizado para cobrir e proteger nossos smartphones, computadores, entre outros dispositivos. Esse material seria completamente responsivo, reagindo a estímulos feitos pelos usuários na “pele artificial”.

“Quando interagimos com outras pessoas, usamos a pele como interfaces”, explica Teyssier. “No entanto, os objetos de comunicação mediada – como o smartphone – ainda possuem uma interface fria, que não permite interação e absorção naturais. Neste projeto, eu queria disponibilizar a interface humana perfeita, que é a capa para dispositivos existentes”.

Skin-On Interface

O material não somente se parece com a pele humana real, mas também será capaz de detectar diversos gestos e ações. O que permite que os dispositivos eletrônicos “sintam” seus usuários. A Skin-On interpreta os usuário ao fazerem cócegas, cutucar, beliscar, puxar e agarrar a pele artificial. Bem como as emoções implícitas, por trás desses gestos. Tudo isso dentro de uma grande variedade de aplicações.

As peles artificias serão fabricadas, em duas versões. De acordo com um vídeo, publicado pelos desenvolvedores no YouTube, haverá uma versão “simples” e uma outra “ultrarrealista”. A versão simples não se distancia tanto assim do plástico. Porém, a versão “ultrarrealista” tenta se aproximar tanto da pele humana, que parece possuir poros e sulcos como a pele natural.

“A ideia talvez seja um pouco surpreendente, mas a pele é uma interface com a qual estamos familiarizados. Por que não usá-la e sua riqueza com os dispositivos que usamos todos os dias?”, disse Anne Roudaut, da Universidade de Bristol, e supervisora ​​principal do projeto, em uma declaração.

“Implementamos um aplicativo de mensagens em que os usuários podem expressar emoções táteis ricas através da pele artificial”, contou Teyssier. “A intensidade do toque controla o tamanho dos emojis. Um aperto mais forte transmite raiva, enquanto fazer cócegas na pele exibe um emoji risonho e dar um tapinha cria um emoji surpreso”.

O projeto deve ser apresentado muito em breve, em uma conferência de pesquisa tecnológica em Nova Orleans, nos EUA. Ainda em entrevista ao Gizmodo, Teyssier explicou que seu projeto não foi iniciado visando nenhuma aplicação futura especifica para os protótipos. O que o pesquisador e sua equipe desejam é “propor um futuro possível com dispositivos antropomórficos”.

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