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Cientistas criam plantas que brilham durante seu ciclo de vida

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As plantas são a espinha dorsal de toda a vida na Terra, sendo essencial para o bem-estar do ser humano. Elas fornecem alimentos para quase todos os organismos terrestres, mantêm a atmosfera, produzem oxigênio e absorvem dióxido de carbono durante a fotossíntese. Por meio dos seus processos respiratórios, por exemplo, as plantas movem enormes quantidades de água do solo para a atmosfera. Além disso, criam habitats para muitos organismos.

Elas também servem como ornamentos, mas vão além disso. E assim como o mudo todo está em evolução, as plantas não poderiam ficar de fora. Cientistas anunciaram que as primeiras plantas com luminescência visível fora criadas. Essa criação foi possível graças a engenharia genética. O brilho dessas plantas dura toda a vida delas.

A criação de plantas que conseguissem emitir a sua luz própria já existe há algum tempo. Em 2016, a empresa Bioglow criou plantas Nicotina tabacum com enzimas de bactérias luminescentes. Um ano depois, engenheiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts conectaram nanopartículas em folhas de agrião. Eles queriam induzir a planta aliberar uma luz fraca durante quatro horas.

Essa nova pesquisa foi feita pela empresa russa chamada Planta junto com a Academia Russa de Ciências, Instituto MRC de Ciências Médicas de Londres e o Instituto de Ciência e Tecnologia da Áustria. Ela representa um grande avanço conseguindo produzir uma planta que brilhe 24 horas por dia durante toda a sua vida.

A planta criada por 27 pesquisadores não precisa de uma adição frequente de substâncias químicas. E ela emite uma luz mais forte do que a Nicotina tabacum, que foi criada anteriormente.

Bioluminescência

A equipe da empresa russa trabalhou com duas espécies de plantas de tabaco e também usou o DNA de fungos bioluminescentes. Eles usaram o ciclo do ácido  cafeico, que é transformado por quatro enzimas do fungo em luciferina. Esse é um composto orgânico que produz luz.

Duas desas enzimas transformam o ácido cafeico em um precursor luminescente. E uma  terceira enzima oxida esse precursor para produzir um fóton. E a quarta enzima converte a molécula de novo em ácido cafeico, que então pode ser reciclado por esse mesmo processo.

Esse ácido cafeico, que não tem nada a ver com a cafeína, é encontrado em todas as plantas. Ele participa da síntese de um polímero da madeira. Os pesquisadores conseguiram alterar geneticamente as plantas para colocar em outro lugar parte desse ácido para a sínteses de luciferina.

“O fenótipo, conteúdo de clorofila e carotenoide, tempo de floração e germinação das sementes não se diferenciaram do tabaco selvagem, com a exceção de um aumento de 12% de média de altura das plantas transgênicas”, escrevem os pesquisadores.

Isso quer dizer que a expressão do ácido cafeico não é tóxico para as plantas. E também não interfere de uma forma negativa no crescimento delas. Pelo menos nãoa fetou na pesquisa que foi feita em estufas.

As folhas novas e as flores brilhavam mais . Elas produziam aproximadamente um bilhão de fótons por minuto. Essa quantidade não chega nem perto da que é preciso para ser fazer uma leitura, mas é um brilho que é claramente visível.

Outras plantas

A equipe também está trabalhando em modificar outras plantas com flores. Como por exemplo, as petúnias e roseiras. Isso para que elas produzam cores e brilhos diferentes. Eles também acham que esse mesmo processo poderia ser feito em animais.

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