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Cientistas descobrem célula que mata a maioria dos tipos de câncer

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Câncer é o nome que se dá a um conjunto de mais de 100 doenças, que estão relacionadas ao crescimento desordenado e maligno de células que invadem os órgãos e tecidos do corpo, podendo assim se espalhar para outras regiões. As causas da doenças podem estar relacionadas às várias coisas. Entre elas, o meio ambiente, hábitos ou costumes próprios de uma pessoa.

Todo ano, 17 milhões de novos casos de câncer são identificados. E segundo estimativas, em 2018, 9,6 milhões de pessoas morreram. O lado ruim é que não existe uma forma definitiva de prevenir essa doença. Mas um novo estudo da Universidade de Cardiff, do País de Gales, descobriu um tipo de célula imune que poderia ser uma “terapia universal” contra o câncer.

A célula é uma célula T que tem um tipo de receptor recém descoberto, que os pesquisadores chamam de TCR. Esse receptor tem uma molécula chamada MR1 que aparece na superfície de muitos tipos de células, tanto saudáveis ou cancerosas.

Felizmente, por serem células imunológicas, ela podem matar somente as células cancerígenas. E os primeiros testes, já realizados tiveram resultados bastante encorajadores.

Experimento

Em um primeiro experimento, os pesquisadores equiparam as células T com o TCR e as observaram matar células dos tipos de câncer de pulmão, pele, sangue, cólon, mama, osso, próstata, ovário, rim e cervical. E em todos os testes, as células ignoraram as células saudáveis.

No segundo experimento, os cientistas tiraram células T de pacientes com melanoma e as modificaram para expressar o TCR. Em seguida, as células miraram e destruíram as células cancerígenas não só dos pacientes que elas vieram, mas também conseguiram fazer isso em outros pacientes.

Depois disso, a equipe injetou cânceres humanos em ratos e testou as células T modificadas, nesses animais. E eles observaram que a molécula mostrou habilidades de destruição de câncer que foram bastante encorajadoras.

Descoberta

Geralmente, as células T convencionais examinam a superfície de outras células, para encontrar anomalias e eliminar as células cancerígenas que expressam proteínas anormais. E elas fazem isso, deixando de lado aquelas células que têm somente as proteínas normais.

O sistema reconhece pequenas partes de proteínas celulares que são ligadas à moléculas da superfície celular, que são chamadas de antígenos leucocitários humanos (HLA). O problema é que o HLA varia entre as pessoas. E isso impede os cientistas de criarem um tratamento universal, com base nas células T, para conseguir combater a maioria dos cânceres em todas as pessoas.

Isso é o que acontece com a terapia imunológica, que é usada nos estudos atualmente, que é chamada de CAR-T. Para cada paciente, ela tem que ser personalizada, e só funciona com alguns tipos de cânceres. Além disso, ela não tem muito sucesso com tumores sólidos, que normalmente são a maior parte dos casos.

Mas esse novo estudo investe na molécula MR1, que não varia na população humana. Exatamente por isso, o tratamento pode reconhecer muitos tipos de câncer e ser usado em vários pacientes.

Uso

Até agora, os experimentos foram feitos em células isoladas em laboratório. E não com pacientes reais. Mas os pesquisadores já estão planejando fazer testes clínicos. Os pacientes podem receber essa terapia até o fim do ano, se tudo correr bem.

Se ao final, esse tratamento for bem sucedido em seres humanos, ele poderá estar disponível em alguns anos.

“Alvejar o câncer através de células T restritas a MR1 é uma nova e empolgante fronteira – aumenta a perspectiva de um tratamento universal para o câncer, um único tipo de célula T capaz de destruir muitos tipos diferentes de câncer em toda a população”, disse Andrew Sewell, principal autor do estudo.

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