Ciência e Tecnologia

Cientistas detectam sinais de nossa galáxia colidindo com outra

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No ano ano passado, os cientistas descobriram a existência do ‘fantasma de uma galáxia’ orbitando a Via Láctea. Ela foi chamada de Antlia 2. Agora, segundo um novo estudo, os cientistas descobriram que ela pode ser responsável por estranhas ondas de gás hidrogênio que compõem o disco externo da Via Láctea.

Tal pesquisa foi submetida ao The Astrophysical Journal Letters e publicada na revista científica arXiv. Ainda de acordo com as novas descobertas, a posição atual da Antlia II é bem precisa com uma colisão com a Via Láctea há centenas de milhões de anos, e isso pode ter produzido as pertubações que vemos hoje em dia.

Antlia 2 foi descoberta durante o segundo lançamento de dados da missão Gaia, em 2018. Ela é enorme, mais ou menos do tamanho da Grande Nuvem de Magalhães e está muitíssimo perto da Via Láctea. No entanto, é intensamente difusa e fraca e foi coberta pelo disco galáctico. Isso evitou que ela pudesse ser vista por tanto tempo.

Em 2009, a astrofísica Sukanya Chakrabarti, do Instituto de Tecnologia Rochester, em Nova York, nos Estados Unidos, e sua equipe previram a existência de uma galáxia anã dominada pela matéria escura. Na previsão, a tal galáxia estaria no exato local que Antlia 2 foi encontrada depois de quase 10 anos.

Usando os dados coletados pelo satélite Gaia, os pesquisadores calcularam a trajetória do Antlia 2 e executaram diversas simulações. Produzindo não somente a atual posição da galaxia anã. Mas, também, as ondulações no disco da Via Láctea através de uma colisão há menos de 1 bilhão de anos.

Anteriormente, essas perturbações haviam sido atribuídas a uma interação com a Galáxia Anã Elíptica de Sagitário, outra galáxia satélite da Via Láctea, por uma outra equipe de pesquisadores. Simulações deste possível cenário foram realizadas por Chakrabarti e sua equipe.

As simulações

Eles descobriram que a gravidade da galáxia de Sagitário não é forte o suficiente para produzir os efeitos observados pelo Gaia. “Assim, argumentamos que a Antlia 2 é o provável causador das grandes perturbações observadas no disco de gás externo da Galáxia”, escreveram os pesquisadores no artigo.

A equipe que descobriu a Antlia 2, durante simulações, sugeriu que grande parte do material da galáxia anã foi, com o passar das eras, sendo absorvido por interações com a Via Láctea. Se elas colidiram, essa teria sido uma das formas possíveis de algum material ter sido transferido.

Se as duas colidirem, isso permitiria que os astrônomos pudessem compreender a história da galáxia anã. O que poderia nos dar um vislumbre sobre seu perfil de matéria escura. Em grande parte do tempo, a matéria escura tende a se acumular nos centros galácticos. Entretanto, a extraordinária difusibilidade da Antlia 2 poderia significar que ela possui uma distribuição diferente do material.

As previsões de Chakrabartis se baseavam fortemente na presença da matéria escura. “Se Antlia 2 é a galáxia anã que previmos, você sabe como sua órbita tinha que ser. Você sabe que tinha que se aproximar do disco galáctico”, disse ela.

“Isso impõe restrições rigorosas, portanto, não apenas à massa, mas também ao seu perfil de densidade. Isso significa que, em última análise, você poderia usar a Antlia 2 como um laboratório único para aprender sobre a natureza da matéria escura”.

Futuros lançamentos de dados do Gaia devem acontecer entre um ou dois anos. Caso esses dados correspondam às previsões da equipe de pesquisadores, isso poderia adicionar um grande peso às descobertas feitas até o momento.

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