Natureza

Cientistas encontram bola de pelo gigante e descobrem esquilo de 30 mil anos

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No Centro Interpretativo Yukon Beringia, no Canadá, pesquisadores compartilharam uma descoberta impressionante, um esquilo terrestre que viveu no Ártico há cerca de 30 mil anos.

Descoberto em Hester Creek, nos Campos de Ouro de Klondike, dentro do Território Tradicional de Tr’ondëk Hwëch’in, na região do Yukon, ele se assemelha a uma bola de pelo.

Radiografias dos restos mortais do esquilo revelaram que seu esqueleto está quase intacto.

O Centro publicou em uma postagem no Facebook: “É incrível pensar que esse carinha estava correndo pelo Yukon há vários milhares de anos”, divulgou como mensagem nas redes.

Cientista fala sobre esquilo terrestre

Durante uma entrevista à rede de televisão pública canadense CBC, o paleontólogo Grant Zazula explicou que o animal não pode ser reconhecido até que suas patas, garras, orelhas e rabo sejam examinados.

Em sua fala, disse que estuda ossos em tempo integral e sempre se emociona. Além disso, ele considera a descoberta incrível, especialmente nesse estado de preservação, com mais de 30 mil anos.

Via Revista Galileu

Para o cientista, o entusiasmo é principalmente por conta dos elementos que o acompanha, como cabelo, rosto e pele, que estavam visíveis, mesmo após tanto tempo.

O fato de estar em uma posição como bola indica uma possibilidade curiosa de o mamífero morrer enquanto dormia. A boa preservação do esquilo se deve ao fato de ter ficado sob o permafrost, solo congelado do Ártico capaz de preservar fósseis.

Outros animais

Existem muitos outros animais em estado de mumificação que passaram por estudo ao longo dos anos, especialmente em regiões áridas ou frias, onde as condições favorecem a preservação dos corpos.

Até mesmo humanos já entraram para a lista de identificações científicas, como Ötzi, o Homem do Gelo. Ele foi um humano que viveu há cerca de 5.300 anos e apareceu no gelo nos Alpes italianos em 1991.

Enquanto isso, outros animais significativos estavam em bom estado na sua mumificação, como o Gato do Deserto, uma espécie de gato selvagem que vive no deserto do Saara e é popular por ser capaz de sobreviver sem água por longos períodos. Vários gatos do deserto surgiram em estado de mumificação em túmulos egípcios antigos.

Em 2017, cientistas encontraram um crocodilo de 40 mil anos de idade em um bloco de gelo derretido na Sibéria. O animal estava em tão bom estado de preservação que até mesmo seus tecidos moles estavam intactos.

O mesmo aconteceu em 2018, quando um lince eurasiático foi encontrado congelado em permafrost na Sibéria. Ele tinha cerca de 40 mil anos e estava bem preservado, com todos os seus órgãos internos intactos.

Em 2022, uma das mais significativas descobertas foram sobre um mamute mumificado, ainda com elementos físicos intactos.

Via Revista Galileu

Essas descobertas são importantes para a ciência, pois nos permitem aprender mais sobre a evolução e a história dessas espécies. Além de apresentar as condições ambientais em que viveram.

Existem mais previsões para o futuro?

Sim, é provável que mais animais mumificados dessa forma, como o esquilo terrestre, surjam no futuro, especialmente à medida que as tecnologias de escavação e preservação melhoram e mais áreas remotas se descobrem.

Além disso, as mudanças climáticas estão afetando o permafrost em regiões como a Sibéria e o Ártico. Assim, está tornando mais fácil encontrar e estudar animais antigos que tiveram preservação no gelo por milhares de anos.

Por exemplo, em 2020, houve um anúncio que cientistas encontraram um ninho de pterossauros (répteis voadores pré-históricos) com três ovos no deserto do Saara.

Os ovos tinham cerca de 100 milhões de anos e, embora os pterossauros sejam populares por sua habitação no planeta por cerca de 150 milhões de anos, até então nunca encontraram um ninho completo de ovos.

Além disso, em 2021, foram descobertos fósseis de um novo tipo de dinossauro com penas preservadas em rochas sedimentares na China. Os fósseis datam de cerca de 125 milhões de anos e pertencem a um tipo de dinossauro terópode que é ancestral das aves modernas.

Essas descobertas mostram que ainda há muito para conhecer sobre a história da vida na Terra. Assim, é provável que mais animais antigos e fósseis sejam descobertos no futuro à medida que a ciência e a tecnologia continuam avançando.

 

Fonte: Revista Galileu

Imagens: Revista Galileu, Revista Galileu, Sputnik Brasil

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