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Cientistas encontram um ”botão cerebral” que faz com que ratos entrem em hibernação

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cérebro humano é o órgão mais importante para a nossa vida. É ele que nos permite pensar, respirar ou mesmo caminhar. Cada parte do cérebro tem sua função exclusiva. Mas elas se conectam entre si, para fazer a parte mais perfeita do corpo humano.

E mesmo que a ciência e a tecnologia venham iluminando nosso caminho em relação a muitos aspectos da medicina e do corpo humano, o cérebro e seus segredos deixam até os mais talentosos neurocientistas no escuro. Por mais que os estudos e as tecnologias avancem cada vez mais, ainda há coisas que a ciência não consegue explicar. Nosso cérebro ainda guarda muitos mistérios e dúvidas. Como, por exemplo, grande parte de suas funções, que nos mantêm vivos e capazes de interagir com o ambiente e com outras pessoas.

Por isso, estudos sobre esse órgão sempre são feitos. Recentemente, dois estudos separados conseguiram identificar os “interruptores” do cérebro que conseguem colocar ratos em um estado de torpor, que é parecido com a hibernação. Essa descoberta pode levar os pesquisadores a descobrirem como fazer a mesma coisa com outros animais e até humanos. Isso pode ser bastante útil para um organismo.

Hibernação

Quando um animal entra nesse estado de torpor, sua atividade fisiológica diminuiu. Isso é caracterizado por uma temperatura corporal e taxa metabólica reduzidas. Com a temperatura corporal mais baixa, a energia é economizada, o que é bom quando os alimentos não são tão abundantes como no inverno, por exemplo.

Já era sabido pelos cientistas que determinadas partes do cérebro estão envolvidas n termorregulação que os animais precisam para o estado de hibernação. Mas os estudos recentes fizeram grandes avanços na compreensão dos neurônios que desempenham um papel central nesse processo.

Essa capacidade biológica de diminuir o uso de energia e desacelerar o metabolismo quando acionado é uma coisa potencialmente útil para todos tipos de aplicações na saúde. Se isso fosse possível em humanos poderia ajudar o corpo de uma pessoa sobreviver a alguma coisa que, de outra maneira, a causaria graves danos ou até mesmo morte.

Um exemplo óbvio seriam as viagens espaciais. Colocar os astronautas em um estado de animação suspensa, enquanto eles viajam para os confins da galáxia. É claro que isso está muito longe de ser realidade. Mas entender o que o cérebro de um animal faz, para induzir esse estado de torpor, é um ponto de partida muito bom para ver se existe alguma possibilidade de isso ser feito em humanos.

Estudos

No primeiro estudo, os cientistas estavam estudando um grupo de neurônios no hipotálamo, os chamados neurônios indutores de quiescência, ou neurônios Q. A equipe descobriu que, quando os neurônios Q são estimulados, eles começam uma coisa parecida com a hibernação em ratos por mais de 48 horas. Eles diminuem a temperatura corporal e o metabolismo. E todos os animais se recuperam sem nenhum sinal de doença.

A equipe também conseguiu identificar uma rede mais ampla de neurônios de suporte no cérebro de camundongos que parecem ajudar no processo de diminuição de temperatura corporal. Depois disso, eles demonstraram como os neurônios Q podiam ser manipulados com neurotransmissores e laser nos camundongos e ratos.

Em um segundo estudo, outra equipe de pesquisadores conseguiu marcar e identificar geneticamente os neurônios que foram ativados no hipotálamo quando os ratos entraram no estado de torpor. E conseguiu reativá-los. Depois que os ratos foram alimentados, a temperatura do corpo deles começou a aquecer de volta.

Depois de detectar esses neurônios, eles vincularam o maior subconjunto deles à expressão do gene para PACAP, que é um polipeptídeo ativador da adenilato ciclase hipofisária. Essa proteína é conhecida pelo seu papel como neurotransmissor. Eles então demonstraram que a estimulação desses neurônios desencadeia o torpor. E o bloqueio deles interrompeu o ciclo de torpor normal nos camundongos.

Aplicações

Essas descobertas ainda não são aplicadas às pessoas. Mas os cientistas sempre se perguntaram se os animais que não hibernam naturalmente podem ter essa capacidade oculta em seus cérebros e só precisa ser ativada.

“Tentar identificar quais neurônios estão envolvidos no início do torpor e da hibernação é certamente algo pelo qual os biólogos estão interessados ​​há vários anos. Os dois times vêm de um ângulo diferente e quase terminam no mesmo lugar, então eles se complementam dessa maneira, o que é muito bom”, explicou o cientista Steven Swoap, do Williams College, que não participou da pesquisa.

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