Ciência e Tecnologia

Cientistas encontram um ”continente perdido” embaixo da Antártica

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Cientistas detectaram um continente perdido há muito tempo, escondido sob as camadas de gelo da Antártica. O achado foi feito usando dados de um satélite que está morto há cinco anos. A nova pesquisa nos dá uma luz sobre a obscura história geológica da Antártica nos últimos 200 milhões de anos.

Entre 2009 e 2013, o satélite mapeou o campo gravitacional da Terra com precisão antes de ser deliberadamente destruído na reentrada atmosférica. Desde então, os cientistas examinaram suas medidas para criar mapas da litosfera da Terra, a camada tectonicamente ativa que inclui a crosta e o manto externo do planeta.

Um mundo perdido

Apesar da superfície da Antártica ser coberta por 98% de gelo, os 2% que resta nos dão uma luz do que poderia ter existido ali embaixo. Durante o período Cretáceo, quando havia dinossauros na Terra, a Antártica era repleta de florestas densas e quentes, vales, lagos e montanhas.

“Essas imagens gravitacionais estão revolucionando nossa capacidade de estudar o continente menos compreendido na Terra – a Antártida”, disse Fausto Ferraccioli, co-autor do estudo, líder científico de geologia e geofísica na British Antarctic Survey.

A nova pesquisa lança luz sobre a obscura história geológica da Antártica nos últimos 200 milhões de anos, e a condensa nesta animação de 24 segundos. O vídeo reconstrói a precipitação tectônica da Antártica separando-se da massa de Terra antiga do Gondwana, que era uma subseção do supercontinente Pangea. Começando há cerca de 180 milhões de anos, as principais massas de terra da Antártida, da Índia e da Austrália se separaram de Gondwana, e lentamente mudaram para seus locais atuais.

A visualização é baseada em observações do campo Gravity e Ocean Circulation Explorer (GOCE), o satélite que citamos na introdução da matéria.

Um mundo separado

Esses mapas esboçam os remanescentes de massas terrestres perdidas há muito tempo, presas em placas continentais chamadas crátons. Enquanto alguns crátons já são bem compreendidos, a estrutura litosférica da Antártida é difícil de examinar por causa de sua localização remota e das enormes camadas de gelo que obscurecem sua geologia subjacente.

Usando o GOCE, a equipe conseguiu ver crátons antigos sob os campos de gelo da Antártica Oriental e ligá-los aos vizinhos da região, a Índia e a Austrália. “As comparações demonstram que a combinação de imagens sismológicas e imagens de gradiente de gravidade por satélite têm um potencial significativo para melhorar nosso conhecimento da estrutura da Terra”, concluiu o estudo.

Isso é especialmente verdade, acrescentaram os pesquisadores, sobre “fronteiras remotas como o continente antártico, onde até mesmo o conhecimento básico dos recursos da escala litosférica permanece incompleto”.

Nos resta esperar os próximos episódios dessa “novela” para trazermos mais notícias para vocês.

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