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Cientistas filipinos criaram um bioplástico feito com manga e algas

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Todos sabem que o plástico está presente em nosso cotidiano. Na verdade, o plástico está presente em basicamente tudo. A lista é grande: celulares, roupas, computadores, embalagens de alimentos, potes de cosméticos, seringas médicas, equipamentos de engenharia, embalagens de remédios, sinalizadores de trânsito, enfeites, glitter… enfim, a lista é longa, e muito.

Por outro lado, nem todo mundo sabe o que são os microplásticos. Microplásticos são pequenas partículas de plástico. De acordo com cientistas e pesquisadores, esse tipo de material é um dos principais poluentes dos oceanos atualmente. Além disso, a presença do microplástico no oceanos altera sua composição natural, prejudica o ecossistema da região e, consequentemente, a saúde humana.

O problema é que essas partículas também estão presentes no ar que respiramos, em alimentos, como o sal ou a cerveja, e até mesmo na água que bebemos. Estima-se que cerca de 83% da água de torneira do mundo inteiro está contaminada com microplásticos. Para se ter uma ideia, há também estudos que encontraram pequenas partículas até em água engarrafada.

A nova solução

Na busca por alternativas sustentáveis, um estudante da Academia Sinica, em Taiwan, descobriu a fórmula de um novo material biodegradável. Denxybel Montinola, de Cebu, nas Filipinas, criou um bioplástico usando componentes conhecidos como pectina e carragenina. Os componentes podem ser encontrados tanto em cascas de manga, como em algas marinhas.

O estudante decidiu utilizar peelings de manga e algas marinhas como principais componentes na criação de bioplásticos. Isso porque é possível obter tais fontes em abundância. Além disso, ambos são considerados sustentáveis ​​no país. As Filipinas são um dos principais exportadores de mangas e algas.

A bioplástico de Montinola é também melhor do que os plásticos que usamos atualmente. É completamente solúvel em água, o que significa que não afetará o meio ambiente. Sem contar que este bioplástico é mais robusto e flexível e pode imitar a resistência mecânica do plástico convencional.

O projeto, que foi apresentado na competição DOST-BPI Science Awards de 2019, agora, em agosto deste ano, revelou um outra grande vantagem. A partir das cascas de manga – assim como das algas marinhas, não só é possível criar um bioplástico, como também é possível elaborar um tipo tecido capaz de proteger qualquer área da nossa pele, tanto de possíveis queimaduras, como torna viável estancar sangramentos.

Microplásticos

Originárias de fontes diversas, como roupas sintéticas, pneus, tintas e escovas de dente, essas partículas estão se amontoando. De acordo com recentes estudos, até nós, seres humanos, podemos estar cheios desses minúsculos pedaços de plástico em nosso organismo. É possível que você não perceba, claro, mas seu organismo ingere 50 mil partículas de plástico anualmente, em média. A mesma quantidade desses materiais é inalada durante o mesmo período de tempo.

Os cientistas testaram alguns alimentos e bebidas para determinar a ingestão de plástico em média em um ser humano. Os cientistas também analisaram dados de 26 estudos anteriores. Todas as pesquisas avaliadas mediam a presença de microplástico em peixes, mariscos, açúcar, sal, cerveja e água.

De acordo com os resultados, os adultos ingerem cerca de 50 mil partículas por ano. Já as crianças, cerca de 40 mil. Pessoas, que bebem apenas água engarrafada, consomem 130 mil partículas por ano, enquanto que, quem bebe água de torneira ingere 4 mil partículas. Estima-se que, em média, a água engarrafada contenha 22 vezes mais microplásticos.

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