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Cientistas inventaram pele artificial que pode sentir dor

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O avanço da ciência possibilitou que várias coisas, antes inimagináveis, fossem criadas. Hoje, já vemos  vários membros protéticos e órgãos artificiais sendo produzidos e usados para melhorar e devolver a qualidade de vida das pessoas.

A pele é o maior órgão do corpo humano. Tendo em torno de 1,9 metros quadrados em homens e 1,7 metros quadrados em mulheres. Uma extensão grande se a imaginássemos estendida no chão, ocupando uma área uniforme. Mais do que isso, a pele é a barreira entre o mundo externo e o nosso organismo. Ela serve mais do que como escudo, mas como uma tradutora não verbal, e sim táctil, do que nos cerca, Como por exemplo insetos, animais, vento, calor e frio. Entre outras várias funções de regulação fisiológica, como o suor e também nos faz sentir dor para que nos afastemos de determinados perigos.

Agora, os pesquisadores conseguiram criar uma pele artificial que é capaz de reagir à dor da mesma forma como a pele humana real faz.

Pele

O objetivo é melhorar as próteses e até dar algumas alternativas melhores aos enxertos de pele. E também “aumentar ou compensar a pele humana pelo desenvolvimento de humanoides realistas”, como escreveu a equipe da RMIT University em Melbourne, Austrália, no seu artigo.

O dispositivo de sensor de dor imita as vias nervosas que conectam os receptores da pele ao cérebro. Eles fazem isso para imitar a resposta de feedback extremamente rápida que o corpo humano tem.

“A pele é o maior órgão sensorial do nosso corpo, com características complexas projetadas para enviar sinais de alerta rápido quando alguma coisa dói”, disse Madhu Bhaskaran, chefe de pesquisa e coautor do artigo.

“Estamos sentindo coisas o tempo todo através da pele. Mas nossa resposta à dor só entra em ação em um determinado ponto. Como quando tocamos algo muito quente ou muito afiado. Nenhuma tecnologia eletrônica foi capaz de imitar de forma realista aquela sensação humana de dor. Até agora”, continuou.

Protótipo

O protótipo é uma pele artificial fina que é capaz de sentir mudanças na pressão e também calor ou frio. E quando um certo limite é alcançado, a pele reage a mesma forma que a pele natural faria.

“É um passo crítico no desenvolvimento futuro dos sofisticados sistemas de feedback de que precisamos para fornecer próteses verdadeiramente inteligentes. E robótica inteligente”, afirmou Bhaskaran.

Um outro protótipo é feito de um material ainda mais fino e elástico. Ele consegue responder às mudanças de temperatura e pressão. E um terceiro é uma camada bastante fina, aproximadamente mil vezes mais fina do que um fio de cabelo. Basicamente, consegue reagir a mudanças no calor.

“Embora algumas tecnologias existentes tenham usado sinais elétricos para imitar diferentes níveis de dor, esses novos dispositivos podem reagir à pressão mecânica real, temperatura e dor. E fornecer a resposta eletrônica certa”, disse Ataur Rahman, pesquisador da RMIT e autor principal.

“Isso significa que nossa pele artificial sabe a diferença entre tocar suavemente um alfinete com o dedo ou acidentalmente se apunhalando com ele. Uma distinção crítica que nunca foi alcançada eletronicamente antes”, concluiu.

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