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Cientistas temem super-fungo que até o momento é imparável

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As primeiras formas de vida na Terra não são os dinossauros e muito menos os seres humanos. São as bactérias. Seres tão pequenos que não podem ser vistos a olho nu. Apesar do tamanho, muitas podem causar grandes estragos, são os chamados germes, causadores de várias doenças.

Pela agilidade na multiplicação, podem se espalhar facilmente no organismo. A pessoa não verá uma bactéria a não ser que já seja uma colônia, ou seja, milhares delas aglomeradas. Anualmente, é estimado que 23 mil americanos morram por causa de superbactérias que são resistentes a antibióticos. A evolução desse tipo de germe é tão rápida que as formas de tratamento existentes não conseguem pará-los.

Mas quando o assunto é doença, a preocupação não tem que ser apenas com as infecções bacterianas mortais. É preciso se preocupar também com as infecções fúngicas que são resistentes às drogas.

O fungo mortal chamado Candida auris, ou c. auris, está se espalhando globalmente e causando o que os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) chamam de ameaças urgentes. A primeira vez que ele foi encontrado foi em 2009, dentro do ouvido de um paciente no Japão.

Depois disso, o fungo se espalhou para os Estados Unidos, Colômbia, Índia e Coreia do Sul. Segundo relatado pelo CDC, o primeiro caso nos EUA aconteceu em 2016. E em maio de 2017, já eram 77 casos em Nova York, Nova Jersey, Illinois, Indiana, Maryland, Massachusetts e Oklahoma.

E examinando as pessoas que tinham entrado em contato com esses 77 casos, o CDC disse que o fungo já tinha infectado mais 45 pessoas. Desde fevereiro de 2019, já são 587 casos somente nos Estados Unidos.

Geralmente, as vítimas do C. auris são pessoas que estão em hospitais, já com o sistema imunológico fraco. Ou então aqueles que têm doenças graves. A maioria dos casos foi relatada em hospitais ao redor do mundo.

Uma ala inteira teve que ser fechada no Reino Unido depois que 72 pessoas foram infectadas. Já na Espanha, um hospital teve 372 pacientes com o fungo. Aproximadamente 41% deles morreram depois de 30 dias após serem diagnosticados.

Os especialistas da saúde estão preocupados porque esse fungo não pode ser combatido com os remédios existentes. E segundo o CDC, ele pode sobreviver em paredes e móveis por semanas. E as pessoas que contraem as doenças ligadas a ele, geralmente morrem logo em seguida.

Detectar

O que é ainda mais preocupante é que a maioria das pessoas que tem doenças resistentes não apresenta nenhum sintoma. De acordo com o CDC, uma em cada 10 pessoas selecionadas tinha uma doença resistente sem saber.

Alguns sintomas comuns do C. auris são febre e calafrios que não desaparecem mesmo depois de se ter tomado alguma medicação. Mas a única forma de detectá-lo é por meio de um teste de laboratório.

Criação

A causa de doenças resistentes ainda é desconhecida. Mas é sabido que existem formas diferentes do C. auris em diferentes partes do mundo. Isso faz acreditar que ele não veio de um único lugar. Segundo alguns especialistas, o grande uso de pesticidas e tratamentos antifúngicos fez com que o C. auris aparecesse em várias regiões do mundo ao mesmo tempo. Em 2013, os pesquisadores descobriram outro fungo, chamado Aspergillus. Ele existia em lugares onde um pesticida que atacava esse fungo específico era usado.

E como produtos desse tipo são muito usados nas plantações e na pecuária, é possível que os fungos que se pretende matar evoluam para se manterem vivos.

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