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Com a baixa do volume de água, palácio de 3,4 mil anos é revelado no Iraque

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Uma equipe de arqueólogos descobriu recentemente, no Iraque, os restos de um antigo Palácio Kemune. Estima-se que as ruínas da construção tenham aproximadamente 3.400 anos, e que fazia parte do Império Mitani. A importante descoberta só foi possível graças a uma terrível seca que atinge a região de Mossul, no norte do país. Com a baixa do nível da água do rio Tigre, foi possível identificar a construção, que foi relacionado ao Império que dominou parte do Oriente Médio no século 15 a.C. As ruínas estavam submersas há milhares de anos e só agora foram reveladas.

O antigo Império de Mitani estabeleceu uma aliança com os faraós do antigo Egito, para firmar o seu poder nas terras que hoje correspondem ao sul da Turquia, nordeste da Síria e norte do Iraque. Deutsche Welle, um dos cientistas que fez parte das investigações no lugar, descreveu o achado único como “uma das descobertas arqueológicas mais importantes já feitas naquela região nas últimas décadas”, conforme escreveu. A anúncio da descoberta foi feito pela Universidade alemã de Tubinga.

A descoberta

A equipe de arqueólogos responsáveis pela descoberta é composta por pesquisadores alemães e curdos (pertencentes a uma etnia predominante no norte do Iraque e no sul da Turquia). Os cientistas encontraram os restos de escombros da construção do que seria um palácio. Depois de uma acentuada redução no volume de água da barragem de Mossul, eles avistaram as ruínas. Essa barragem representa parte do volume hídrico do rio Tigre, que fornece a maior parte do abastecimento de água do país.

Os arqueólogos acreditam que o tal palácio fazia parte de um Império muito misterioso do passado, os Mitani. Até hoje, a capital dessa civilização nunca foi encontrada. E isso não se deve a falta de buscas. Há muitos anos, os pesquisadores, que estudam as antigas sociedades do Oriente Médio, procuram por vestígios físicos dessa civilização.

O palácio

Em meio às ruínas do palácio, os pesquisadores encontram várias tábuas repletas de símbolos cuneiformes. Essa, que foi  uma das primeiras formas de comunicação escritas da história. Além disso, também havia vestígios de tintas nas paredes como detalham os pesquisadores. “Também encontramos paredes pintadas em tonalidades vivas de vermelho e azul. No segundo milênio a.C., os murais eram provavelmente uma característica típica dos palácios do antigo Oriente Próximo, mas raramente os encontramos preservados. Descobrir pinturas murais em Kemune é uma sensação arqueológica”, disse Ivana Puljiz, da Universidade de Tubinga.

Agora, a equipe de pesquisadores da Universidade de Tubinga irá recolher os achados com escrita cuneiforme. Ele irão tentar traduzir e decifrar as mensagens escritas. Eles estão animados com a possibilidade de obter maiores informações que os ajudem a compreender melhor a trajetória do Império Mitani.

Registros arqueológicos anteriores mostram que os líderes dessa civilização estabeleceram uma aliança com o faraó egípcio Tutemés IV. Tutemés comandou o Egito do ano de 1401 até 1391 a.C. Essa parceria teria sido desfeita algumas décadas depois, o que enfraqueceu o Império de Mitani. Com isso, os assírios dominaram as terras do norte do Iraque, causando o declínio dos Mitanis.

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