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“Cometa do diabo” que cospe gelo se aproxima da Terra – e pode ficar visível a olho nu

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Após sua última passagem próxima ao Sol na década de 1950, o cometa 12P/Pons-Brooks, também conhecido como o “cometa do diabo”, está mais uma vez em rota em direção ao astro central. Em sua trajetória, está previsto que ele se aproximará consideravelmente da Terra.

A notícia tranquilizadora é que essa proximidade não apresenta qualquer ameaça ao nosso planeta, já que o cometa permanecerá a uma distância segura de aproximadamente 1,5 unidades astronômicas da Terra. Para efeito de comparação, a distância entre a Terra e o Sol é de uma unidade astronômica.

Portanto, o “cometa do diabo” estará suficientemente próximo para ser observado a olho nu, ou com a assistência de binóculos, dispensando a necessidade de telescópios. No entanto, está suficientemente distante para não representar nenhum perigo à Terra.

Via UOL

Nomeação

O cometa recebe o nome do astrônomo que o avistou pela primeira vez em 1812, Jean-Louis Pons. Em sua composição geral, possui um núcleo criogênico, composto por gelo, poeira, pequenas partículas rochosas e nuvens de gases.

Quando a temperatura aumenta e a pressão se intensifica, o “cometa do diabo” experimenta pequenas explosões, liberando nitrogênio e monóxido de carbono.

Essas erupções possuem uma forma distintiva, ligeiramente alongada, que se assemelha a chifres, originando assim o apelido de “cometa do diabo” para o astro.

Atividade e trajetória do cometa do diabo

Como um cometa periódico, o 12P está em rota em direção ao Sol novamente, após mais de 70 anos.

Em sua trajetória, tem experimentado novas explosões desde meados de outubro, com destaque para o brilho quase 100 vezes superior no dia de Halloween, conforme observado por Eliot Herman, um astrônomo que monitora sua atividade.

Prevê-se que em abril atingirá o periélio, o ponto mais próximo do Sol. Em seguida, provavelmente em junho, o cometa se aproximará da Terra, alcançando uma velocidade estimada de 232 milhões de quilômetros por hora, segundo especialistas.

Entretanto, devido à sua órbita significativamente inclinada, o Pons-Brooks está programado para passar entre a Terra e Vênus. Suas explosões tendem a torná-lo suficientemente brilhante, possibilitando a observação de sua passagem pelos observadores.

Por fim, o “cometa do diabo” será impulsionado gravitacionalmente de volta ao sistema solar exterior. Lá, está previsto reiniciar sua órbita ao redor do Sol, retornando para uma aproximação com a Terra somente em 2095.

Quando se preocupar?

Via Freepik

Cometas, em sua maioria, não representam ameaças significativas à Terra, uma vez que sua trajetória usualmente segue padrões previsíveis e seguras no espaço. No entanto, existem alguns cenários em que um cometa pode representar riscos potenciais para o nosso planeta.

Um dos fatores críticos é a proximidade do periélio, o ponto em sua órbita mais próximo do Sol. Se um cometa tiver uma órbita que o leve a uma proximidade extrema com a Terra nesse ponto, as chances de colisão aumentam.

Além disso, a massa e o tamanho do cometa desempenham um papel crucial. Cometas maiores e mais massivos têm maior potencial de causar impactos significativos em caso de colisão.

A órbita do cometa também desempenha um papel fundamental. Se a trajetória estiver alinhada de maneira que o cometa passe muito próximo à Terra, aumenta a probabilidade de um encontro perigoso. A inclinação da órbita pode influenciar se o cometa terá uma trajetória que o levará a se aproximar do nosso planeta.

Felizmente, os astrônomos e cientistas dedicam esforços consideráveis para monitorar o céu em busca de objetos próximos à Terra, incluindo cometas potencialmente perigosos.

Sistemas de vigilância espacial, telescópios e observatórios são empregados para rastrear a posição e a trajetória desses objetos celestes, permitindo prever e avaliar qualquer ameaça potencial com antecedência.

Assim, embora a maioria dos cometas não represente perigo para a Terra, a combinação de fatores pode aumentar os riscos. A vigilância contínua e os avanços na detecção espacial são essenciais para garantir a segurança do nosso planeta diante de possíveis ameaças cometárias.

 

Fonte: UOL, Wikipedia

Imagens: UOL, Freepik

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