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Como a Marvel desenvolveu a década dos super-heróis?

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De todos os acontecimentos que marcaram o mundo do entretenimento nesse ano, devemos citar o colossal sucesso de Vingadores: Ultimato. Afinal, no dia 21 de julho de 2019, a produção da Marvel Studios se tornou a maior bilheteria de todos os tempos. Relembrando esse episódio, e inspirados pela retrospectiva que o The Ringer fez do fenômeno, tivemos uma ideia. Assim, resolvemos revisitar alguns eventos responsáveis por levar a Marvel a transformar a última década, em um período tão significativo para as produções de super-heróis. Até porque, como já dissemos anteriormente, o que não faltaram, nos últimos anos, foram incríveis produções, enaltecendo os deuses dos quadrinhos.

O grande plano da Marvel para dominar as bilheterias foi oficialmente anunciado em outubro de 2014. Porém, a companhia já vinha trabalhando nesse projeto muito antes da década começar. Naquela época, o estúdio já havia lançado 10 blockbusters globais, que, juntos, arrecadavam mais de 7 bilhões de dólares. Sabemos que a Saga do Infinito é majoritariamente lembrada pelos filmes da terceira fase. Todavia, o pontapé inicial para seu desenvolvimento foi dado com o lançamento de Homem de Ferro, em maio de 2008. No entanto, isso só foi possível graças a promoção de um novo presidente de produção para o estúdio. Sim, estamos falando de Kevin Feige. Além de um típico fanboy, ele é também a mente responsável por colocar a ambiciosa ideia de um universo compartilhado em andamento.

O pontapé para o Universo Cinematográfico Marvel

Em 2006, com um novo estúdio, a Marvel tinha também um novo objetivo. A empresa queria desenvolver grandes produções em torno de personagens desconhecidos pelo público geral e torcer para isso dar certo. Embora Capitão América, Thor, Homem-Formiga e até mesmo Nick Fury sejam nomes familiares a qualquer consumidor da cultura pop, há vinte anos atrás a história era diferente. “Nós não tínhamos o Homem-Aranha e nem o Quarteto Fantástico”, contou Feige à Vanity Fair em 2017. “Nós tínhamos personagens da segunda divisão, algo dito pelo L.A. Times ou em alguma outra manchete. Eu nunca pensei dessa foram porque eu sabia que o Homem de Ferro era legal e o Hulk se aproximava do Homem-Aranha como o maior personagem que possuíamos”, explicou o executivo.

Ao passo que os direitos da maioria de seus personagens mais populares havia sido vendida para outros estúdios, a Casa das Ideias resolveu fazer uma alta aposta de risco. Basicamente, Homem de Ferro e Hulk guiariam sua nova leva de produções. Felizmente, o carisma de Robert Downey Jr. como Tony Stark foi o suficiente para carregar a Marvel Studios. Inclusive porque O Incrível Hulk de Edward Norton seria descartado e substituído pelo Gigante Esmeralda de Mark Ruffalo. Assim, mesmo diante de todos os riscos, Homem de Ferro foi tudo que a Marvel precisava e não sabia. Como bem pontuado pelo The Ringer, “Downey era alguém que poderia carregar um filme, e fazer isso exatamente da forma que eles queriam. Para as audiências, ele era o homem capaz de fazer os filmes de super-heróis divertidos novamente”.

A partir daí, o próximo passo era lançar filmes solos para Hulk, Thor e Capitão América, torcer para o público gostar deles individualmente e esperar uma incrível recepção para seu filme compartilhado. Não deu outra, Vingadores foi um sucesso.

Uma nova era para os filmes de super-heróis

Os primeiros passos da Marvel Studios, mesmo diante de todos os riscos, serviram para mostrar que super-heróis desconhecidos podem render grandes bilheterias. Como resultado disso, após uma leva de sequências de Homem de Ferro, Thor e Capitão América, o mundo foi apresentado aos Guardiões da Galáxia. Assim, mesmo com tudo para dar errado, mais uma vez a Marvel se deparava com um sucesso nas bilheterias. “Nós queríamos mostrar que podemos fazer filmes com personagens dos quais você pode nem ter ouvido falar”, compartilhou Feige em 2014. “Não se trata de um super-herói famoso e sim se a ideia é inerentemente boa para um filme”, disse ele para a Variety.

A recepção positiva do público abriu portas para personagens que antes não teriam nenhuma chance. O ideal de Feige foi responsável por ultrapassar as ideias conservador de Isaac Perlmutter e mostrar que heróis como Pantera Negra e Capitã Marvel podem conquistar massivas bilheterias. Essa nova abordagem iniciada por Kevin Feige inspirou produções de outros estúdios. Ademais, também transcendeu as telas. Além das absurdas vendas de ingressos de cinema, a Marvel passou a lucrar com brinquedos, roupas, eletrônicos e diversos outros produtos. Basicamente, a Casa das Ideias conquistou uma onipresença comercial que marcou a década. Obviamente existem opiniões controversas, como o discurso de Martin Scorsese. Entretanto, é inegável que e empresa atingiu um patamar inimaginável. Sendo ou não cinema, os filmes do MCU mudaram irrevogavelmente Hollywood.

Por fim, apresentando os números, no total, o MCU faturou mais de US$ 22,5 bilhões nas bilheterias globais. A Marvel Studios produziu nove dos 25 filmes, com maior bilheteria de todos os tempos. Sendo assim, podemos afirmar duas coisas. Primeira, vivemos uma década cinematográfica marcada pela democratização de super-heróis. Segunda, ela foi totalmente definida pela Marvel.

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