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Como a série de The Witcher se relaciona com os jogos

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Na última sexta-feira chegou à Netflix a tão aguardada The Witcher. Ao passo que a série é uma adaptação dos livros do polonês Andrzej Sapkowski, sua popularidade é mérito da franquia de games inspirada nesse universo. Assim, graças aos jogos da CD Projekt Red, o mundo foi apresentado à Geralt de Rivia e ao Continente. Portanto, embora a produção da gigante do streaming tenha afirmado não se basear nos videogames, é inegável a interdependência entre as mesmas. Inclusive, Lauren S. Hissrich, produtora da série, comentou sobre a comparação entre o live-action e o videogame diversas vezes. Sendo assim, apesar de não haver nenhum propósito real por trás desse paralelo, grande parcela da audiência da série será formada por gamers. Logo, vale conferir nas semelhanças entre a narrativa nos dois meios. Afinal, o mundo apresentado nos games servirá como referência para muitos espectadores, moldando a recepção da série.

A retratação de monstros e elementos mágicos

Se tratando da apresentação de encantamentos e criaturas, a série da Netflix não deixa a desejar. Assim, em relação aos games, o programa não tenta deslumbrar o público com grandes efeitos, no entanto, não deixa de ser encantador. Por exemplo, nos jogos eletrônicos os portais ficam brilhantes, enquanto na série ele surgem como uma fenda no espaço-tempo, contorcendo a atmosfera ao seu redor. Felizmente, isso funciona muito bem. Contudo, ao mesmo tempo, isso não significa que a série é perfeita nesse sentido. Aliás, alguns dos monstros não parecem pertencer àquele ambiente. Grande parte disso é devido à deficiência dos efeitos digitais da série. Assim, vemos algumas criaturas com um visual nada extraordinário. Ademais, as vezes a culpa não está só na falta de investimento dos efeitos, como na utilização dos recursos. Basta lembrar do Dragão Dourado e no quanto a comunicação telepática estragou totalmente a admirável aparência do réptil.

A apresentação do Continente

Embora não seja Westeros, o Continente – mundo de Sapkowski – é amplo e diverso. Ademais, assim como o universo de George R.R. Martin existem algumas regiões notáveis. Por exemplo, no decorrer da série, Temeria, Aedirn, Cintra e Nilfgaard foram lugares bastante citados. Enquanto, juntamente com os três primeiros Redania, Kaewen e Lyria formam os Reinos do Norte, no sul temos o Império Nilfgaardiano e a oeste as ilhas Skellige. Cada região tem sua própria cultura e pessoas, e isso é esclarecido abundantemente nos jogos. Porém na série isso deixou bastante a desejar. Tirando os elfos e as guerreiras de Brokilon, não era possível diferenciar os habitantes de uma região para outra. Todavia, Nilfgaard foi retratada tal qual nos videogames, uma região não explorada que atua como uma força sombria do sul. Então, assim como no jogo, a série busca focar nas forças armadas desse império.

Obviamente não é razoável esperar que uma série de oito episódios consiga retratar tão minunciosamente a diversidade desses reinos. No entanto, The Witcher da Netflix nem pareceu se esforçar para ressaltar essa distinção cultural. Inclusive, o quarto episódio da série, Banquetes, bastardos e funerais, perdeu uma bela oportunidade de mostrar a diversidade do Continente. Afinal, no banquete em homenagem à princesa Pavetta, não há nada extraordinário diferenciando as pessoas de cada reino. Por fim, uma segunda leva de episódios já foi confirmada e há boatos de que já existem sete temporadas planejadas. Portanto, nossa esperança é de que futuramente essas questões sejam melhor abordadas.

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