Ciência e Tecnologia

Como as tecnologias podem fazer uma ‘desextinção’ em massa?

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Quase todo o verão no Hemisfério Norte, ouvimos a mesma história: exploradores aproveitam o degelo do Ártico para desencavar um cadáver de mamute. Em seguida, uma série de especulações surge. Dessa forma, um novo candidato à clonagem surgem. Contudo, será que é mesmo possível fazer uma ‘desextinção’ em massa de uma espécie?

Depois de encontrado, o cadáver do mamute é congelado novamente. Com isso, o animal poderá ser visto andando novamente dentro de alguns anos. Esse cenário de ficção científica é o argumento central do livro “Como clonar um mamute”, escrito pela bióloga americana Beth Shapiro. Entretanto, embora essa pareça apenas uma ideia dos livros de ficção científica, podemos estar próximos desse cenário desses na vida real. Assim, estaríamos sendo apresentados a essa ideia de uma “desextinção”.

Podemos mesmo trazer um mamute de volta ao nosso tempo?

Em vários lugares do mundo, podemos encontrar proponentes sérios da ideia de que é possível desafiar a máxima de que extinções são irreversíveis. Dessa forma, o estudo paciente do material genético obtido a partir de fósseis, bem como a comparação desses fragmentos com os gentes de elefantes modernos, deverá permitir que os cientistas descubram as principais diferenças biológicas entre os paquidermes de hoje e seus parentes extintos.

De fato, os mamutes podem estar prestes a habitar o planeta Terra novamente. Em um caso recente, a volta da existência dos gigantes peludos foi depositada em um experimento científico realizado por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Harvard. Assim, eles estão modificando células de elefantes com o DNA de um mamute congelado, bem como no livro de ficção científica.

Extintos há mais de 10 mil anos, poderíamos trazê-los de volta. Com isso, seria possível visitar os animais em uma espécie de safári que reproduzirá uma verdadeira Era do Gelo. De acordo com os cientistas envolvidos na pesquisa, o projeto é muito maior do que apenas trazer os animais de volta. Dessa forma, o experimento poderia ajudar a restaurar o equilíbrio na região do Ártico, uma vez que estimularia o crescimento da vegetação na região.

Muito mais do que trazer animais de volta a vida

Contudo, se o projeto se concretizar, a criatura não poderia ser considerada um mamute completo. Mas sim, um híbrido entre um elefante asiático e um mamute lanoso. “Estamos nos concentrando em reviver os genes do mamute para gerarmos um híbrido. Dessa forma, ele poderá procriar e resgatar o clima selvagem no Ártico”, expôs o professor e líder do projeto, George Church.

O grupo da Universidade de Harvard explica que os feitos do experimento são grandiosos. Mas, para além disso, reviver os mamutes lanosos pode também representar riscos. “Estamos trabalhando para que fatores negativos sejam reduzidos. Mas também, prevemos que as temperaturas locais cheguem a cair mais de 20ºC”, afirmou Church.

De toda forma, esses experimentos de ficção científica já atraíram bastantes olhares. No futuro, muitos cientistas imaginam que a graça não será a de ver os animais. Mas sim, de se maravilhar com a capacidade humana de desafiar a natureza. Com isso, zoológicos tendem a se tornarem mais tecnológicos. Logo, o foco será na tecnologia e não nos animais. Por fim, podemos concluir que isso só reforça o fato de que o futuro já chegou.

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