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Como é a vida de quem nasce com a microcefalia?

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Microcefalia também é conhecida como Nanocefalia, que é caracterizada pela deficiência do crescimento no cérebro, tanto quanto a dimensão da caixa craniana quanto no desenvolvimento do cérebro em si. O tamanho da cabeça é menor do que a média da faixa etária da criança ou de um feto que não apresenta a doença. Ela pode se desenvolver ainda nos primeiros anos de vida da criança e pode ser fruto da exposição a substâncias nocivas no decorrer da gravidez do feto em questão, havendo a possibilidade da ligação à síndromes genéticas hereditárias.

Existem outras maneiras de ter a microcefalia, uma delas é a congênita. Dentro das causas congênitas estão a diabetes materna não controlada, hipotiroidismo materno, insuficiência placentária, consumo de de álcool e drogas, anomalias genéticas, desnutrição, exposição a radiação de bombas atômicas, infecções durante a gravidez em especial a rubéola.

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Acredita-se que as infecções como zika vírus durante a gravidez, especialmente no primeiro trimestre de gestação, dengue e febre chikungunya durante a gestação também estão ligadas a microcefalia. Ela também pode ser genética e acontece em crianças que possuem outras doenças como Síndrome de West, Síndrome de Down e Síndrome de Edwards, por exemplo. Por isso, a criança com microcefalia que também possuí outra síndrome pode ter outras características físicas, incapacidades e ainda algumas complicações amais do que as crianças que possuem somente microcefalia.

Uma criança que tem a doença pode sofrer de vários sintomas como o atraso mental, déficit intelectual, paralisia, convulsões, epilepsia, autismo e até rigidez nos músculos. Apesar de não existir um tratamento específico para a doença, existem algumas medidas para tentar amenizar os sintomas. Algumas crianças geralmente precisam de fisioterapia para se desenvolver melhor, evitando complicações respiratórias e até mesmo úlceras que podem surgir.

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A microcefalia pode ser classificada como primária quando os ossos do crânio se fecham durante a gestação, até mais ou menos os sete meses de gravidez da mulher, o que acaba ocasionando mais complicações na vida. A microcefalia secundária é quando os ossos se fecham na fase final da gravidez ou depois que o bebê nasce.

O diagnóstico da doença pode ser feita durante a gestação, fazendo exames no pré-natal, podendo ter a confirmação logo após o parto através da medição do tamanho da cabeça do bebê. A tomografia computadorizada ou ressonância magnética cerebral também ajudam a medir a gravidade da microcefalia e quais serão suas possíveis consequências para o desenvolvimento da criança.

Existem alguns tratamentos para a doença, mas cada caso é um caso. Para melhorar a capacidade da fala é preciso ter um acompanhamento de um fonoaudiólogo por pelo menos 3 vezes por semana. Além disso, os pais devem acompanhar os filhos e fazer atividades como cantar pequenas músicas e falar com a criança olhando diretamente nos olhos, para que ela responda ao estímulo.

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Para melhorar o desenvolvimento motor, aumentar o equilíbrio, evitar atrofia dos músculos e os espasmos musculares é importante fazer o máximo de sessões de fisioterapia possível, pelo menos 3 vezes por semana, fazendo alguns exercícios simples como sessões de psicomotricidade, hidroterapia, bola de pilates e alongamentos.

Para aumentar a autonomia de uma criança é preciso realizar terapia ocupacional algumas vezes por semana, pois essas atividades como escovar os dentes ou tentar comer usando talheres, ajudam a criança a ficar cada vez mais independente, podendo fazer suas atividades sozinhas.

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Além destes tratamentos acima, uma criança que sofre de microcefalia precisar tomar vários remédios que são indicados pelos especialistas, para evitar convulsões ou tratar a hiperatividade. Nos casos mais graves, é possível fazer uma cirurgia na cabeça para permitir o crescimento do cérebro, reduzindo as sequelas da doença. Mas é preciso ter alguns cuidados, pois para a cirurgia dar certo é preciso ser feita até dois meses de vida do bebê e não é indicada para todos os casos, somente quando podem existir muitos benefícios e poucos riscos.

A expectativa de vida das crianças que sofrem coma doença é semelhante à das crianças que não sofrem do problema, porém irá depender de vários fatores que incluem a gravidade da doença, se existem outras outros problemas associados e da forma como a criança foi tratada.

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