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Como é a vida do homem que não usa o banheiro há 45 anos?

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Defecar é um hábito comum dos seres humanos. As fezes são, nada mais nada menos, que o material restante após a digestão e absorção dos alimentos pelo tubo digestivo dos seres humanos. Geralmente, as fezes têm aspecto castanho-pardo e pastoso, porém, podem aparecer nas mais variadas formas, tamanhos e cores.

A formação delas no nosso corpo pode levar aproximadamente nove horas. O material transita no organismo e chega como uma massa uniforme ao intestino grosso, e lá fica por cerca de três dias. Nesse período, parte da água, entre 10 a 12 litros, e sais é absorvida, para que, na região final do cólon, a massa fecal se solidifique, transformando-se então nas fezes.

As fezes normais são sólidas e apresentam 75% de água na sua composição. Variações mínimas nas concentrações de água interferem na sua consistência. Fezes moles apresentam, mais ou menos, 80% de água e as líquidas 90%.

A realidade é que todos produzimos e fazemos cocô. Normalmente, a maioria das pessoas faz suas necessidades no banheiro. Mas o japonês Masana Izawa é considerado o “mestre do cocô no solo”. Ele é um ativista que tenta mudar a forma como as pessoas pensam. E ele usa o cocô para isso.

Antes de se tornar o mestre do cocô no solo, Izawa era fotógrafo de fungos na década de 1970. “Fiquei fascinado por fungos e como eles criam solo fértil, alimentando-me de folhas e animais mortos e esterco”, comenta.

Mudança

Em 1973, ele viu um protesto de pessoas contra a construção de uma usina de disposição noturna na vizinhança. “E isso me fez pensar: por que as pessoas não se responsabilizam pelo seu próprio lixo? As pessoas sabem ou se preocupam com o processamento de seus resíduos depois de jogá-los no vaso sanitário? E nossas fezes são realmente desperdiçadas?”, comenta.

Foi isso que fez com que Izawa decidisse começar a defecar ao ar livre e fazer parte do ciclo da natureza. Ele cava um buraco no chão e depois cobre.

O homem explica que esse fato de defecar ao ar livre é um simbolismo para problemas maiores. Izawa diz que as pessoas não se dão conta de que o cocô, que para elas não tem valor nenhum, é muito importante para as criaturas vivas.

Ele explica que esse ato tem uma filosofia por trás. “Comer é tirar a vida, mas também é nosso direito. Cocô é uma responsabilidade que precisamos estar cientes. Cocô ao ar livre é uma maneira de devolver a vida”.

Quando o assunto é higiene, Izawa diz que as pessoas são obcecadas com esterilização e eliminar a  bactérias. E na visão dele, higiene é manter as pessoas saudáveis.

Ar livre

E por mais que o homem não viva em uma grande metrópole, ele disse que, até mesmo em Tóquio, já conseguiu achar lugares para defecar que não fossem um banheiro. Mas é claro que esse nem sempre é o caso.

“Já fiz cocô de banheiro 14 vezes neste século. Certas situações exigem banheiros”, ressalta.

Além de defecar ao ar livre, Izawa também não usa papel higiênico. Ele disse que trocou o papel por folhas, quando viu que um papel, que ele tinha enterrado há meses, não tinha se decomposto.

Izawa diz que o mundo precisa mais de uma simbiose com a natureza e de uma mudança para que a economia seja mais circular.

“A conveniência vem com sacrifícios. Saber o que é suficiente é importante. Meu defecar ao ar livre é um ato precioso, como rezar, e o tempo e a energia que entra nele nunca são desperdiçados”, conclui.

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