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Como é o Candomblé?

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O Brasil é considerado um país extremamente religioso. Graças a miscigenação cultural, em função dos processos imigratórios ao longo de nossa história, e pelas garantias de um Estado Laico, que possibilita a expressão individual da fé, diversas religiões encontraram terreno fértil para se desenvolver e aplicar seus ensinamentos.

Pensando na pluralidade de culturas e nas variadas formas que os brasileiros possuem para expressar a fé, decidimos criar uma série de matérias sobre a diversidade religiosa no Brasil. Já escrevemos sobre o Islamismo, Budismo, Espiritismo, Umbanda, entre outras. Hoje, abordaremos um pouco sobre o Candomblé, trazendo para os leitores um pouco de sua história e princípios. Confira!

Lembrando, caros leitores, que o nosso conteúdo é mais genérico, sem se aprofundar muito no tema para não causar polêmicas. O objetivo dessa série de matérias é combater o preconceito contra as religiões e disseminar informações sobre as mesmas.

Origem

O Candomblé é uma religião de matriz africana, que desembarcou no Brasil junto dos milhares de escravos iorubas trazidos do continente africano nos tempos da escravidão. A religião era vista pelos portugueses como bruxaria e feitiçaria, uma forma de encobrir o racismo e controlar os escravos que não tinham sequer o direito de professar sua fé.

Muitos acreditam que ela tenha surgido na cidade de Ifé, na Nigéria. Devido às perseguições e à mistura de regiões de onde o povo negro foi arrancado, o Candomblé, ao longo da história, foi ganhando muitos formatos. Mas, o mais importante dentro da religião, apesar de suas inúmeras nuances, é o culto aos Orixás.

Os Orixás são divindades cultuadas no Candomblé, e também na Umbanda que, de certa forma, representam as forças da natureza. 16 Orixás são comumente cultuados nos terreiros ou, como também são conhecidos, roças, no Brasil. Eles são: Exú, Ogum, Oxóssi, Ossain, Obaluaiê, Oxumaré, Nanã Buruque,  Xangô, Oiá, Obá, Ewá, Oxum, Iemanjá, Logunedé, Oxaguiã e Oxalufã.

Dentro de um terreiro de Candomblé, o Pai ou Mãe de Santo, também conhecidos como Babalorixás e Ialorixás, são a autoridade máxima. Os Filhos de Santo são aqueles que se propõem a fazer parte da casa e a seguir os ensinamentos passados pelos pais e mães, cumprindo as obrigações necessárias a pedido dos Orixás que “regem suas cabeças”.

A palavra Candomblé seria uma modificação da palavra “Candonbé”, uma espécie de atabaque (instrumento) que era usado em Angola. Ou também teria origem na palavra “Candonbidé”, que significa “ato de louvar, pedir por alguém ou por alguma coisa”.

Filosofia

O Candomblé é uma religião sem preconceitos, que abraça a todos, independente de gênero, classe social e etnia. Muita disciplina, amor e zelo são algumas características que se esperam daqueles que desejam se iniciar dentro do Candomblé. Os candomblecistas buscam a elevação da alma, a renovação do axé, energia vital que nos alimenta e move o mundo.

O axé é um presente dos Orixás e de Olorum (Deus). O candomblé é uma religião monoteísta, ou seja, acredita em um só deus supremo, que pode ser chamado de Olorum ou Olodumaré, que criou tudo e todos, incluindo os Orixás, que habitam o Orum (céu) e os homens que vivem no Ayê (Terra).

Ensinamentos

Os ensinamentos, práticas e ritos acontecem de forma empírica e tradicional, sendo passado de pais para os filhos, a medida que estes progridem e cumprem suas obrigações para com seu santo, seguindo aquilo que foi pedido pelos orixás. E claro, devido a seu merecimento. A religião ainda se encontra em um posição de construção histórico-sociocultural e ainda há poucos estudos científicos a seu respeito.

No entanto, as contribuições da religião para a cultura brasileira vão muito além do que podemos mensurar. O Candomblé faz parte da história do povo brasileiro que, através da fé, conta uma história de superação, de um povo que tem em sua bagagem e origem a luta pela existência, preservação de sua cultura e religiosidade, e que ainda precisa resistir à opressão e ao preconceito.

Então pessoal, o que acharam da matéria? Deixem nos comentários a sua opinião e não esqueçam de compartilhar com os amigos.

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