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Como eram feitos os sacrifícios maias?

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Ao falarmos sobre impérios pré-colombianos, facilmente nos veem a memória os Astecas ou os Incas. Muito, talvez, pelo contato que eles tiveram com os europeus. Entretanto, a civilização Maia, mesmo sendo muito mais antiga, possuía um sistema social complexo e influente. Durante as aulas de história muito provavelmente você já deve ter ouvido falar sobre sacrifícios humanos realizados por povos antigos.

Mas, você já parou para pensar o quão cruel podiam ser esses sacrifícios? Segundo novos estudos, o povo da América Central, para além de toda desumanidade do sacrifício em si, os faziam com requintes de crueldade. Depois, os restos mortais de seus sacrifícios eram jogados em enormes buracos, considerados sagrados para eles.

Nos estudos, cientistas fizeram análises no esmalte dos dentes de crânios encontrados no território dos antigos Maias. Eles constataram que as pessoas que foram sacrificadas nesses rituais religiosos vieram de diversas partes do México. Além do mais, antes de serem jogadas nos cenotes (uma espécie de poço d’água) as vítimas eram esfoladas vivas. Os cenotes, considerados sagrados, eram alguns dos locais utilizados pelo povo mesoamericano em oferendas a suas divindades.

Por definição, os cenotes são poços de água formados por rios subterrâneos. Eles se formaram por toda Península de Iucatã (atual México), local onde viviam os Maias, depois que um meteorito caiu no mar do Caribe. De acordo com especialistas, a civilização Maia acreditava que os humanos e outras espécies de animais se originaram em cavernas. Portanto, os sacrifícios eram feitos nesses locais, como uma metáfora ao ciclo da vida dessas pessoas. De lá vieram, para lá retornarão.

Em uma grande cidade pré-colombiana chamada Chichén Itzá, as pessoas acreditavam que o cenote era uma espécie de portal. Sendo este um elo entre o mundo dos vivos e dos mortos. Assim, não era incomum que as pessoas oferendassem ouro, cerâmica, bronze, armas e, claro, seres humanos nestes locais.

Análises

O cenote de Chichén Itzá foi descoberto no início do século XX. Desde então, os cientistas não desgrudaram mais seus olhos da região, em busca de evidências, artefatos e das muitas histórias que este lugar provavelmente tem para contar.

Foram feitas análises nas ossadas e no esmalte dos dentes de 200 esqueletos. Os cientistas perceberam que a grande maioria deles se tratava de crianças entre 4 e 6 anos. Mais da metade dos esqueletos eram de meninos e muitos deles apresentaram sinais de mutilação. Os estudos ainda apontaram que as vítimas dos sacrifícios foram trazidas de longe. Muito provavelmente essas pessoas eram, na verdade, prisioneiros de guerra dos Maias.

A brutalidade empregada nesses rituais era imensa. De acordo com os pesquisadores, nos sacrifícios, os corpos das vítimas tinham suas articulações separadas. O método empregado para isso, no entanto, não é bem certo. Algumas das vítimas ainda eram esfoladas vivas.

Nos crânios de muitos deles eram abertos buracos utilizando ferramentas percussivas. Não era incomum que, posteriormente, esses crânios fossem colocados em exposição. Porém, a finalidade de tal comportamento também permanece como um mistério.

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