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Como funciona o detector de mentiras?

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Em 1935, realizou-se o primeiro teste de detecção de mentiras em um tribunal. A máquina só foi utilizada durante julgamento por ter sido considerada evidência admissível. Tanto o promotor quanto a defesa concordaram em utilizá-la. Desde então, a máquina vem sendo utilizada e tornou-se uma grande aliada nos casos de investigação criminal. 

Criado em 1921, o polígrafo é uma máquina capaz de detectar mentiras. Para saber se um determinado indivíduo está dizendo ou não a verdade, o polígrafo avalia as alterações fisiológicas. O teste compara os ritmos da respiração, a pressão sanguínea, os batimentos cardíacos, entre outros, quando determinadas perguntas são feitas. 

Nos julgamentos, o teste nunca é aceito como prova definitiva, mas pode servir de base para uma decisão jurídica. Aqui no Brasil, o uso do polígrafo é proibido. Por ser considerado uma variante, muitos acreditam que o polígrafo não funciona realmente. 

O polígrafo funciona?

Existe muita controvérsia, é claro. De acordo com especialistas, o equipamento já falhou inúmeras vezes. Existem casos de suspeitos que conseguiram enganar o detector, mas que, posteriormente, confessaram seus crimes. Ainda para os especialistas, o teste gera muitos falsos positivos, isto é, muitos até podem dizer a verdade, mas o teste sugere que estão mentindo.

Em outras palavras, há uma chance de 50% de um teste de polígrafo dizer que uma pessoa honesta está mentindo. No entanto, os técnicos que realizam os interrogatórios confiam em respostas que sabem ser verdadeiras. Por isso, os mesmo fornecem uma linha de base contra a qual as respostas enganosas podem ser julgadas como um aumento da excitação nervosa.  

O fato, porém, é que muitos sabem como enganar o equipamento. Os espertos em driblar a máquina dizem que o segredo é responder as perguntas com calma. É só manter o padrão de respiração basal. Sua mente deve estar mais tranqüila sabendo que você – e não o polígrafo – está no controle. E mesmo que você produza uma ligeira mudança, basta induzir seu corpo a ter mais controle nas próximas respostas. 

Devido as tantas falhas, o Conselho Nacional de Pesquisa dos Estados Unidos – realizou uma avaliação sistemática e concluiu que o teste carece, sim, de validade científica. Em 1998, o Supremo Tribunal dos EUA começou a restringir seu uso em processos judiciais. Em particular, os advogados de defesa não podem mais usar provas oriundas de testes de polígrafos para estabelecer a inocência de um crime.

Mesmo que o teste do polígrafo tenha sido desabilitado em procedimentos legais, seu uso em outros cenários também diminuiu. Empregadores, por exemplo, não podem usá-lo como uma técnica para recrutar funcionários. Por outro lado, para o governo norte americano, isso é uma exceção. 

O retorno

O presidente Donald Trump indicou o juiz para um cargo vitalício na mais alta corte do país, que tem a palavra final sobre temas polêmicos, como aborto e casamento gay. Mas as denúncias de assédio sexual contra ele atrasaram a nomeação. Foi durante as audiências do comitê do Senado, em outubro, que os polígrafos foram mencionados novamente.

O presidente Donald Trump indicou o juiz para um cargo vitalício na mais alta corte do país, que tem a palavra final sobre temas polêmicos, como aborto e casamento gay. Mas as denúncias de assédio sexual contra ele atrasaram a nomeação. Foi durante as audiências do comitê do Senado, em outubro, que os polígrafos foram mencionados novamente. O dispositivo foi mencionado porque Christine Blasey Ford se submeteu a um teste de polígrafo após acusar Kavanaugh de tentar abusar sexualmente dela quando estavam no ensino médio. Ele, que nega a acusação, não passou por um detector de mentiras.

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