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Como funciona o nosso cérebro quando falamos em outro idioma?

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Estudar outras línguas é um investimento. Você aumenta a sua capacidade de comunicação e pode conhecer outras pessoas e outras culturas sem precisar do auxílio de alguém. Isso pra não falar das linguagens que elaboramos por nossa conta, afinal, quem também nunca criou seu próprio idioma com seus amigos, irmãos, primos?! Mas ter uma conversa em um idioma e depois continuá-la em outro requer um certo grau de esforço cognitivo. Mas o que é realmente difícil, por incrível que pareça, não é começar um outro idioma, mas sim parar de pensar no idioma nativo.

A Universidade de Nova York fez um estudo que mostra como os cérebros bilíngues conseguem fazer com que as pessoas passem de um idioma para outro sem nenhum problema.
Em pesquisas anteriores a mudança de linguagem estava associada às áreas do cérebro tomadoras de decisão, ou seja, o córtex cingulado pré-frontal e a área que nos ajuda a prestar atenção, o córtex cingulado.

Mas o que não ficou claro nos estudos foi como o cérebro consegue fazer a mudança de linguagem, como por exemplo quando alguém que está falando português e começa a falar inglês. O ativamento e desativamento dos idiomas não é entendido até porque eles ocorrem simultaneamente.

Estudo

Liina Pylkkanen, uma das autoras do estudo, diz que a pesquisa revela pela primeira vez que por mais que se desconectar de um idioma requeira algum esforço, ativar um novo pode ser muito mais econômico do ponto de vista neurobiológico.

O estudo para determinar como o cérebro ativa uma língua e desativa outra foi feito usando pessoas que dominavam a linguagem de sinais dos Estados Unidos. Os pesquisadores filmavam os participantes enquanto lhes era mostrado uma imagem que eles tinham que falar em inglês e fazer os sinais que a representavam. Simultaneamente uma equipe monitorava as atividades cerebrais dessas pessoas.

Resultados

Nos resultados foi possível ver que quando os cérebros bilíngues trocam de idioma, a desativação de um deles teve uma maior atividade nas áreas de controle cognitivo. Assim, quando o outro idioma era ativado novamente era como se a linguagem não se alterasse.

Outra descoberta feita pelo estudo foi a de que, para as pessoas que dominam a linguagem de sinais, não era mais dispendioso produzir a palavra e o signo correspondente do que falar somente a palavra. E era mais fácil fazer as duas coisas ao mesmo tempo do que ter que não pronunciar a língua dominante, no caso o inglês, e fazer somente os gestos na linguagem de sinais.

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