Ciência e Tecnologia

Como funcionará a cidade futurista usada de treinamento para colonizar Marte

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A NASA espera realizar um voo espacial tripulado até Marte, em 2030. Como a viagem é longa, os astronautas precisarão de um lugar para ficar assim que chegarem. Além disso, para a agência espacial, o planeta, futuramente, pode ser habitável. Por esses e outros motivos, engenheiros e cientistas de uma empresa, chamada Interstellar Lab, querem construir, aqui na Terra, uma aldeia espacial.

A arquitetura das estruturas, obviamente, é inspirada no espaço. Entretanto, o empreendimento, inicialmente, não será construído no planeta vermelho. Afinal, testes precisam ser feitos. É preciso averiguar, até 2030, inúmeros detalhes. Por isso, a aldeia espacial, cujo complexo foi intitulado Estação Experimental de Bioregeneração (EBIOS), será construída no deserto de Mojave, na Califórnia. Estima-se que o projeto saia do papel, a partir de 2021.

EBIOS

O design do futurístico projeto é constituído por cúpulas de vidro. Em parte, algumas serão destinadas ao cultivo de alimentos e outras serão quartos. Nas habitações, tanto astronautas, como visitantes, poderão usufruir de um luxo inigualável.

O protótipo da vila espacial será usado para treinar astronautas e oferecer aos turistas uma ideia, uma simulação de como seria a vida longe da Terra. Para criar o projeto, a empresa responsável considerou todos os recursos que nós dependemos para viver na Terra.

“Os dois planetas compartilham um terreno comum”, disse em comunicado, Barbara Belvisi, CEO da empresa. “O que precisamos trazer para Marte, agora, é o que precisamos proteger na Terra”.

A ideia, por enquanto, é apenas uma proposta. Está no papel. Por outro lado, a empresa já definiu quatro locais em potencial no deserto de Mojave, para a construção da vila espacial. Um, inclusive, ao que parece, é a propriedade privada. De todas as formas, trâmites seguem em andamento.

A estrutura

A vila consistiria em estações individuais menores, cada uma com seu próprio centro de treinamento. Nesse caso, destinados apenas a astronautas. Outras estações funcionariam como espaços de convivência, como, por exemplo, um centro de arte e de pesquisa. As estações estariam todas conectadas entre si. Havia também cúpulas de vidro para cultivar culturas.

Todo o composto foi projetado para não haver nenhum tipo de desperdício. Água, comida e energia seriam recicladas e reutilizadas, para que os habitantes pudessem viver totalmente fora do sistema.

Em relação aos turistas, acredita-se que a vila, futuramente, poderá receber até 100 visitantes. A estadia, nesse ínterim, pode custar entre US$ 3.000 e US$ 6.000. O preço seria por semana. O custo, no entanto, ainda será definido. A empresa espera que os astronautas usufruam da local por seis meses, para que, em seguida, seja a vez dos turistas.

Como o deserto mais seco da América do Norte, o Mojave oferece um clima ideal para simular a vida em Marte. O deserto é árido e desolado, mas suas temperaturas são muito mais altas que as do planeta vermelho. A temperatura média em Marte é de 80 graus Fahrenheit negativos. No inverno, as temperaturas podem cair para menos 195 graus Fahrenheit.

A empresa responsável pelo empreendimento também deseja construir outro assentamento no Centro Espacial Kennedy, em Cape Canaveral, Flórida.

No início dos anos 1990, um conjunto de biomas e espaços de convivência, no deserto do Arizona, chamado Biosphere 2, abrigava quatro homens e quatro mulheres. O objetivo era ver como os humanos poderiam sobreviver no espaço sideral. O grupo viveu dentro de casa por dois anos e tentou ser totalmente auto-sustentável.

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