O aplicativo Lulu foi lançado no Brasil no final de 2013 e gerou muita polêmica. Ele permitia que mulheres avaliassem homens respondendo algumas perguntas e também usando hashtags positivas e negativas.
Dessa maneira, era avaliado o “desempenho” do rapaz durante o encontro, no dia-a-dia e até mesmo entre quatro paredes. Além do julgamento que incomodou bastante, outro problema do aplicativo era que apenas mulheres tinham acesso a ele.
Com isso, não teve jeito, o Lulu foi alvo de uma série de processos judiciais e saiu do ar em janeiro de 2014. De acordo com a empresa, ele não foi tirado de circulação pela justiça, mas sim por causa de uma sobrecarga no sistema. No entanto, vários processos e também um inquérito do Ministério Público questionam a informação.
Criação de perfis sem autorização
O inquérito do Ministério Público contra a empresa Luluvise, responsável pelo aplicativo, foi aberto no final de 2013. Mas não pense que ela foi a única, o Facebook acabou incluído também, já que as informações utilizadas pelo aplicativo eram fornecidas pela rede social.
O grande problema era que os perfis masculinos eram criados sem autorização dos homens. Isso acontecia porque, quando a mulher se cadastrava, todos os seus amigos eram automaticamente registrados também e já poderiam ser avaliados.
A única alternativa para os homens era deletar o perfil depois que ele já havia sido criado e provavelmente avaliado. Um dos advogados das vítimas criou um dossiê com uma série de informações sobre o Lulu e entregou ao ministério público, logo depois o aplicativo saiu do ar.
De acordo com informações do jornal Extra, o aplicativo saiu do ar por causa de uma determinação da justiça para que ele e o Facebook tirassem do ar todas as informações postadas sem autorização.
De volta à ativa
O aplicativo retornou com uma série de mudanças. Para começar ele não faz mais cadastros com informações do Facebook. Agora para participar do aplicativo é necessário ter um número de celular, no cadastro esse número é validado por meio de uma mensagem SMS.
Além disso, dessa vez homens também podem fazer parte do aplicativo, mas não como as mulheres. Os homens não podem avaliá-las e tão pouco ter acesso às notas dos outros usuários. Eles podem apenas ver a própria avaliação e entrar em contato com as usuárias.
Outro mudança é que os perfis não são mais criados automaticamente e sem autorização. Para que um homem seja avaliado, ele precisa fazer um cadastro.
O Lulu também traz outra novidade, um usuário ou usuária pode deixar uma mensagem que outros podem responder e iniciar uma conversa, que pode ser levada para o privado.
As mulheres aparecem em anonimato durante as conversas e os homens são identificados por pseudônimos, caso os dois queiram se conhecer, precisam trocar número de telefone ou redes sociais por mensagem.
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