Ciência e Tecnologia

Como os animais compreendem os números?

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Nós, humanos, utilizamos a matemática em tudo a nossa volta. De fato, é impossível imaginar um mundo sem números ou cálculos. Contudo, não somos apenas nós que precisamos da matemática, os animais também precisam. Dito isso, muitos podem estar se perguntando: “Mas como os animais compreendem os números?”. Assim, podemos responder essa questão entendendo melhor como a matemática é encontrada nos ambientes ecológicos.

Pelo que sabemos hoje, a habilidade de processar números nos oferece uma vantagem significativa na sobrevivência. No entanto, essa não é uma condição exclusiva dos humanos. Isso porque, muito desse comportamento também pode ser encontrado em populações de animais.

Há muitos anos, bactérias microscópicas exploravam informações quantitativas

Atualmente, muitos estudos examinam os animais e sua relação com os números. Dessa forma, descobrimos que, lidar melhor com a matemática é ter mais chances de sobreviver. Em outras palavras, isso é pode ser visto em sua rotina dentro dos ambientes ecológicos. Podemos citar as ações de caçar, evitar predadores e até interagir socialmente. Tudo isso exige matemática!

Desde muito antes de termos os animais que temos hoje, as bactérias já lidavam com matemática. Em seu ciclo, elas crescem, se dividem e, por fim, se multiplicam. Portanto, se os organismos mais antigos da Terra já exploravam a matemática, como isso funciona hoje? Não precisamos ir muito longe para entender essa questão. Por isso, comecemos pequeno, nas bactérias.

Nos últimos anos, microbiólogos descobriam que as bactérias possuem uma “vida social”. Mas, para além disso, também podem sentir a presença ou ausência de outras bactérias. Em outras palavras, essa podem sentir o número de bactérias. Assim, chamamos isso de quorum sensing (“detecção de quorum”, em tradução livre). Entretanto, outros animais também contam com sentido extra.

No caso das formigas japonesas (Myrmecina nipponica), a decisão de mudar é feita com base no quorum sensing. Desse modo, com base no número, as formigas decidem se é seguro, ou não, deslocar o ninho.

Os animais sentem quando estão em menor número

Em 2008, foi descoberto que as abelhas calculam o trajeto até sua fonte de alimento. E, o mais surpreendente, é que isso acontece mesmo quando há um obstáculo no caminho. Por isso, a avaliação de números é vital para sua sobrevivência.

Em outro estudo, também foi descoberto que ratos recuam quando estão em menor número. Dito isso, com formigas, que são presas perigosas, os ratos tendem a não arriscar a vida. No caso de lobos, a regra também é válida. Por isso, o ideal é que uma alcateia tenha seis lobos ao sair para caçar. Dessa forma, animais como alces e bisões possuem menos chances de reagir. Porém, para animais maiores, como os bisões, a regra também é “quanto mais melhor”. Nesse caso, o número ideal é nove a 13 lobos na caça.

Por outro lado, como estratégia de sobrevivência, animais menores costumam se abrigar em grupos maiores. Mas, vale lembrar que essa não é a única maneira de se proteger. Em comunidade, esses animais podem se comunicar melhor e alertar quando há um predador à vista. Por fim, entendemos que, mais do que uma característica de linhagem, a matemática, enquanto competência numérica e como os animais compreendem os números, pode ser considerada um traço evolutivo.

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