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Como Roberto Bolaños, o Chaves, morreu?

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Roberto Bolaños, ou melhor, Chaves. Esse é o nome de uma das pessoas ou personagem que mais está presente na vida das pessoas. Roberto foi o criador do Chaves, o garoto “sem teto”, um tanto atrapalhado e com uma bondade capaz de conquistar qualquer um. Cativou, assim, pessoas de várias gerações e se manteve, do mesmo modo, no coração de cada um.

Infelizmente, Roberto nos deixou. No entanto, sua história jamais será apagada e seu legado mantido para sempre. Mas você já se perguntou como foram seus percurso de vida e como ele morreu? Pensando um pouco sobre isso, resolvemos trazer mais essa matéria. Confira conosco e não esqueça de mandar seu comentário, afinal, ele é extremamente importante para nós.

História de Roberto Bolaños

O dia 28 de novembro de 2014 ficará marcado na vida de muitas pessoas. A tarde desse dia começou um pouco mais cinza. Foi como se diversas risadas do mundo estivessem se calando e se transformado em tristes choros. Às 14h30, o mundo se despedia de Roberto Gómez Bolaños, o nosso eterno Chaves. O comediante faleceu aos 85 anos, em Cancún, no México. O motivo? Uma parada cardíaca.

É quase impossível você nunca ter ouvido falar de Roberto. Ele foi o responsável pela criação dos icônicos Chaves e Chapolin Colorado, dois personagens que marcaram diversas gerações. Sempre com muito humor, Bolaños ainda deu vida, de forma única, aos dois e a vários outros personagens durante sua vida. Também conhecido como Chespirito, Roberto Gómez Bolaños nasceu na cidade do México, no dia 21 de fevereiro de 1929. Ele foi um grande e premiado ator, comediante, compositor, desenhista, dramaturgo, diretor, engenheiro, filantropo, pintor, poeta, publicitário, roteirista e várias outras coisas.

É, não dá para negar o talento invejável do eterno Chavinho, como diria Chiquinha, né? Roberto, ainda em vida, foi considerado um dos ícones do humor e entretenimento de língua espanhola, além de um dos melhores comediantes de todos os tempos. Sendo assim, suas obras da televisão marcaram diversas gerações e, até hoje, conquistam novos públicos.Sua fama internacional veio após criar e protagonizar a série “El Chavo del Ocho”, ou melhor dizendo, Chaves. Aumentou ainda mais, com a criação do super-herói mais maluco de todos, Chapolin Colorado. Seus programas alcançaram o primeiro lugar na lista de preferências na TV mexicana, trazendo ao criado um grande prestígio.

Reconhecimento e Marco na História

Isso lhe deu o reconhecimento como um dos escritores e comediantes mais respeitados de todos os tempos, e com razão, não é mesmo? “Ninguém tem paciência comigo”, “não contavam com minha astúcia” e o famoso choro “Pipipipipipi”. Esses foram então alguns dos marcos de Roberto, que sobreviveram a gerações e que se mantêm fortes até hoje. Como falamos antes, Chespirito faleceu no dia 28 de novembro de 2014, às 14h30, em Cancún.

Com 85 anos, uma parada cardíaca colocou fim a sua vida. Anteriormente, em fevereiro daquele ano, ao alcançar a sua idade final, um parente confirmou que ele estava com a saúde bastante frágil e que passava a maior parte do seu tempo na cama, sendo acompanhado 24 horas por dia.

Falando um pouco mais sobre sua história, poucas pessoas sabem, mas Bolaños tirou seu apelido do dramaturgo William Shakespeare, um dos mais conhecidos do mundo. Em espanhol, o diminutivo do seu nome era “Chespirito”. Pouco tempo antes de morrer, Roberto havia se mudado para Cancún, no México. Ele morava com sua esposa, Florinda Meza, a Dona Florinda do seriado Chaves. Sua vida foi muito rica em acontecimentos. Bolaños estudou engenharia, mas nunca chegou a atuar na profissão. Praticou boxe por um tempo e era um torcedor assíduo do clube de futebol América. Sua carreira profissional começou na publicidade, onde iniciou trabalhando como roteirista.

Graciela Fernández foi sua primeira esposa, com quem teve seis filhos. Em 2004, oficializou sua união com Florinda Meza, que atuou ao seu lado em alguns trabalhos, incluindo Chaves e Chapolin Colorado. Com 80 anos, Roberto, sempre brincalhão, disse que somente a morte poderia separá-los. Na verdade, a morte ou a cantora colombiana Shakira.

Carreira

Sua carreira como ator começou no ano de 1968, na emissora TIM. Ele atuava em séries como “Los Supergenios de la Mesa Cuadrada” e “El Cuidadano Gómez”, que passavam sempre aos sábados. A década de 1970 mudou para sempre sua vida. Foi aí que ele passou a ser um gigante do humor. A partir de 1973, quase todos os países da América Latina já acompanhavam Chaves, que estreou na TV mexicana em 1971. Chaves, seu personagem de maior sucesso, passou a ser uma inspiração para diversas pessoas.

O garoto, com quase nada, era sempre otimista, aproveitava sua vida, brincava, se emocionava e possuía o incrível dom de viver da forma que o fizesse bem. Ao lado de Chapolin, Chaves seguiu forte até o começo da década de 1990. Nesse período, o ator decidiu que era hora de aposentá-los e decidiu apostar em “Los Caquitos”, onde interpretava o ladrão Chómpiras, conhecido como Chaveco, aqui no Brasil.

Ainda assim, Chaves foi seu maior sucesso. A série começou a ser exibida no México em 1971, como falamos há pouco. O primeiro episódio foi exibido no dia 20 de junho daquele ano. O sucesso da história do menino de 8 anos foi tanto que, em 1973, todos os países da América Latina já transmitiam o seriado. Chaves foi dublado para mais de 50 idiomas e transmitido até mesmo em países distantes, como Tailândia, China, Japão e Grécia. Segundo a Televisa, foram gravados mais de 300 episódios, o que marcou o legado de Bolaños no mundo de forma ainda mais intensa.

Sua morte resultou em diversas homenagens, uma delas feita pela série animada “Os Simpsons”, que homenageou Bolaños com o personagem Pedro Chespirito, que apareceu vestido de abelha e falando frases em espanhol. Lembrando que essa é uma das séries animadas mais famosas do mundo.

SBT e Polêmicas Pessoais

Graças ao SBT, pudemos acompanhar, por muitos anos, essa história. Devido ao sucesso, Bolaños revelou alguns segredos do garoto no livro “O Diário de Chaves”. Um dos mais chocantes foi que Chaves não morava dentro de um barril, mas sim no apartamento número 8. O barril servia apenas para ele se esconder quando estava triste ou era perseguido. A vida de Chespirito também contou com algumas polêmicas, como todas as personalidades da mídia. Bastante conservador, Bolaños participou de uma campanha contra a legalização do aborto na Cidade do México. Essa é uma pauta bastante difícil de aprofundar, pois existem diversas opiniões e posicionamentos.

Esse foi um prato cheio para a oposição, que logo citou seu nome com diversas ofensas. Ele nunca escondeu suas convicções políticas e chegou a apoiar a campanha do conservador Vicente Fox, cuja eleição, em 2000, rompeu com mais de 70 anos de governo do Partido da Revolução Institucional. A morte chocante foi comentada por Florinda algum tempo depois. Segundo ela, Roberto tinha a doença de Parkinson, e estava em um estágio bastante avançado, isso foi o que agravou ainda mais o seu quadro de saúde. Seus últimos dias não foram tão fáceis, como poderíamos imaginar.

“Ele tinha um Parkinson tardio que acelerou todos os seus problemas. Foi muito doloroso ver, dia após dia, meu marido se deteriorar e não poder fazer nada”, essas foram as palavras de Florinda. Além disso, ela revelou também que ele desenvolveu transtornos de personalidade nos três últimos anos de sua vida. Quem convivia com Bolaños afirma com facilidade que ele foi uma boa pessoa, tolerante, decente e doce na maior parte de sua vida. No entanto, havia se tornado um homem violento, principalmente com sua esposa. Ele dizia coisas horríveis com frequência.

Medo dos Familiares

Em uma dessas entrevistas, Florinda entrou nesse assunto e disse que sentia medo dele, principalmente nos seus últimos dias. Desde que começou a sofrer com o transtorno de personalidade, ela sentia medo o tempo todo e não sabia como conseguiu aguentar aquela situação. Roberto tinha um grande amor pelo Brasil e o seu último post no Twitter comprova isso. Ele destinou sua última mensagem na página pessoal a uma fã brasileira. “Todo o meu amor ao Brasil”, disse Bolaños na quarta-feira, dia 26, dois dias antes de sua morte.

Os fãs brasileiros, com toda certeza do mundo, se sentem honrados com isso. Essa não foi a primeira vez que ele interagiu com o nosso país. Em outra postagem, no dia 11 de agosto de 2014, ele agradeceu aos fãs brasileiros. ”Me dizem que daqui a pouco serão 30 anos, no Brasil. Obrigado ao SBT. Sobretudo, muito obrigado, brasileiros, amo vocês”. Foi o que Bolaños disse.

O fim

Ele finalizou sua vida ainda ativo no Twitter, onde costumava se declarar para sua esposa. Em diversas mensagens, ele divulgava uma foto da trajetória dela, junto com legendas apaixonadas. O casal manteve um relacionamento por 27 anos antes de finalmente se casar, em 2004. A cerimônia marcante aconteceu na Cidade do México, no dia 19 de fevereiro.

A partir dali, viveram juntos até o dia de sua morte. Além de Chaves e Chapolin, o ator dedicou boa parte da sua vida em outros programas. Los Supergenios de la Mesa Cuadrada, Chespirito – El Ciudadano Gomez e Kiko e sua Turma foram alguns desses outros clássicos que marcaram sua carreira.

Hoje, podemos matar um pouco da saudade de Roberto vendo alguns de seus programas, pois ele marcou diversas gerações com todo o seu trabalho na TV e nos livros. É quase impossível uma pessoa nunca ter visto pelo menos um episódio de alguma de suas séries. 

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