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Como Stan Lee Morreu?

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Se você gosta de quadrinhos ou de filmes de Super-Heróis, você já ouviu falar de Stan Lee. Afinal, ele é um dos maiores criadores de histórias e personagens de todos os tempos. Lee é um dos criadores de vários personagens que você gosta, como o Homem Aranha, Homem de Ferro, os X-Mens e vários outros. Sua vida foi uma crescente e ele morreu como um ídolo para várias gerações.

Mas você sabe o que se passava na sua vida pessoal, fora dos estúdios da Marvel? Quem era sua esposa? Sua família? As pessoas que o cercavam? Sabe como todas essas coisas e pessoas foram impactadas com seu legado e sua partida? Mais do que isso, você sabe como morreu o grande criador da Marvel? Venha com a gente e vamos falar um pouco mais sobre isso para você, caro leitor. Sem delongas, confira com a gente.

História de Stan Lee

Stanley Martin Lieber, conhecido como Stan Lee, nasceu em 28 de dezembro de 1922, nem Nova York, nos Estados Unidos. Seus pais eram Celia e Jack Lieber, dois imigrantes romenos. Ele tinha um irmão mais novo, chamado Larry Lieber. Para muitos, ele foi o pai da maioria dos heróis da Marvel. Isso em uma grande parceria com nomes como Jack Kirby e Steve Dikto. Stan Lee entrou na empresa em 1939, quando a Marvel nem sequer chamava Marvel. Naquela época, a empresa usava o nome Timely Comics. Era uma divisão de uma publicação pulp, uma variação do que seriam os quadrinhos.

Desde sempre, Lee afirmava que nutria muito interesse por histórias de heróis. E que muito disso, teria origem nas histórias de aventura, que lia quando criança. Em 1947, ele se casou aquela que seria um grande pilar em sua vida, Joan Lee. Ficaram juntos por 69 anos. Com ela, Stan Lee teve duas filhas. A primeira foi Joan Celia Lee, que nasceu em 1950. A segunda foi Jan Lee. Infelizmente, Jan, ainda bebê, acabou morrendo três dias depois do parto. Esse fato, segundo contam, marcou muito a vida do casal. O que pode ter até mesmo contribuído para que o Stan Lee se dedicasse ainda mais ao trabalho.

Vida profissional

Profissionalmente falando, a vida de Stan Lee começou a engrenar a partir dos anos de 1950. Ele se destacava, em meio aos outros autores e escritores, por um detalhe muito simples. Esse, ao mesmo tempo, era algo que ninguém fazia naquela época: ele inseriu os seus super-heróis no mundo comum, no cotidiano. Os heróis da Marvel, que passaram pelas mãos de Lee, ganharam um contorno mais humano.

Um dos maiores exemplos disso é o Homem-Aranha. O aracnídeo é o mais popular herói da Marvel. Suas histórias retratam um jovem de classe média-baixa, órfão, porém muito inteligente. Ele acaba ganhando grandes poderes. A genialidade de Lee foi justamente o fato de mostrar o dilema que o personagem enfrenta, ao se ver diante de toda a responsabilidade de ser um herói, enquanto lida com problemas na escola, na família e em relacionamentos. Isso ocorreu com boa parte de suas criações. Havia sempre um contorno humano. Algo que também parecia ser uma marca de Stan Lee como pessoa. Apesar de ser algo simples, o humanismo por trás do gênio foi um fator que teve bastante impacto. Isso em todos os momentos de sua carreira, até o fim de sua vida. 

Ainda na Marvel, outro aspecto revolucionário por parte de Stan Lee e que o tornou ainda mais ilustre no que fazia. Esse fator foi a interação e o engajamento que ele conseguiu criar com o público, que tão logo pode chamar de seu. Ele não só passou a oferecer um espaço, como incentivou que os fãs enviassem cartas com, elogios, críticas e sugestões à Marvel. Essa abertura e humildade, fez com que ele passasse a entender um pouco mais o que as pessoas gostavam. Sendo assim, ele pode focar mais seus esforços para agradá-las.

Editor-chefe

Por conta de todo esse sucesso, não demorou para que ele acabasse sendo promovido a editor-chefe do estúdio. Uma coisa que nem todo mundo sabe, é que, apesar de ter sido o principal nome da Marvel, Stan Lee já fez trabalhos para a sua maior rival, a DC Comics. Por admirar o trabalho dele e querendo ver o ponto de vista de Lee sobre as criações da empresa, a DC propôs que o autor fizesse uma série.  Nessa ele poderia reimaginar a origem dos principais heróis da DC. Vamos e convenhamos que trabalhar para seu adversário, dando o melhor de si, é não apenas retratos de uma profunda auto confiança e de respeito pelo trabalho dos outros. É uma busca incessante para dar o melhor produto ao público, não importa de que modo viesse.

Assim surgiu uma série, com 13 edições denominada Just Imagine… Nela, Stan Lee apresentou, por exemplo, o seu Batman, denominado Wayne Williams, um afro-americano bilionário, cujo pai trabalhava na polícia e foi morto. Wayne é preso injustamente pela morte do pai, e quando solto, começa a ir atrás de criminosos assumindo a figura do Batman. Suas criações na empresa concorrente tiveram uma boa recepção e, até hoje, são lembradas pelos fãs de quadrinhos. Alguns inclusive, que, muitas vezes, acabaram sendo também fãs de Stan Lee.

Essa relação com os fãs sempre foi boa. Geralmente, Stan Lee era descrito como uma pessoa extremamente simples e atenciosa. Quando tinha tempo, dava atenção aos admiradores de seu trabalho. Ele conversava com eles e, por vezes, se reunia com alguns, para saber de suas ideias e opiniões. Um exemplo disso, eram as suas participações na San Diego Comic-Con, o maior evento de cultura nerd do mundo. Por lá, ele era uma das maiores estrelas e parava o evento quando chegava.

Popularidade

Verdade seja dita, que ele começou a ficar ainda mais popular a partir dos anos 2000, quando passou a fazer pequenas aparições em filmes da Marvel ou de outras empresas, que utilizavam personagens da companhia no cinema. Foi assim que Lee estrelou pessoalmente na franquia X-Men, e nos filmes do Universo Cinematográfico da Marvel. Geralmente, as aparições tinham algum elemento de humor e eram sempre esperadas pelos fãs. O próprio Lee adorava fazê-las.

Você deve imaginar que o fim da vida de alguém, como ele, teria sido tranquila, em paz. Só que não foi assim. O desfecho de Stan Lee foi um pouco conturbado. As coisas começaram a derrubá-lo no ano de 2017, quando o artista sofreu o que, talvez, tenha sido o maior baque de sua vida. No começo de julho daquele ano, o pai dos heróis da Marvel perdeu sua esposa, o amor de toda uma vida. Após sofrer um derrame e de ser hospitalizada, Joan Lee acabou falecendo uma semana depois. 

Essa morte deixou Stan Lee sem chão. Joan era simplesmente seu maior esteio. Estava com ele em todos os principais momentos de sua vida. Era a ela que ele recorria quando algo dava errado. Era para ela que ele ia contar alguma novidade. Com quem dividia seus pensamentos, ideias, rotinas. Enfim, além de ser sua mulher, era a sua melhor amiga. Foi notório o quanto essa perda o abalou. No começo de 2018, Stan Lee deu uma declaração pública que começou a afligir os seus fãs. A figura principal da Marvel comunicou que estava passando por um problema de saúde. Ele estava lutando contra uma forte pneumonia. Por estar em idade avançada, a doença era extremamente preocupante.

Abuso

Poucos meses depois, uma outra notícia fez com que ele voltasse aos noticiários. De acordo com uma publicação de um site chamado The Hollywood Reporter, especializado em obter furos da vida de famosos, o maior nome da Marvel estava sofrendo abusos, em sua própria casa. De acordo com a reportagem, um homem chamado Keya Morgan era o principal responsável, pelo que foi descrito como abuso de idoso. Morgan era o responsável por cuidar dos negócios de Lee. Porém, de acordo com a reportagem, ele teria começado a ficar de olho na fortuna, que o autor conquistou ao longo de sua carreira.

Este homem teria tentado roubar esse dinheiro e, para fazer isso, começou a não permitir que Lee visse seus amigos e pessoas próximas, assinava documentos prejudiciais em nome dele, entre outras coisas. Todos esses detalhes da notícia caíram como uma bomba e revoltaram boa parte dos fãs de quadrinhos, que exigiam explicações para o que, de fato, estava ocorrendo. Em agosto, uma ordem de restrição foi emitida pela justiça, na qual Morgan estava proibido de chegar perto de Stan Lee, da sua filha e de qualquer pessoa, que estivesse envolvida diretamente com os seus negócios.

Vale dizer que esse caso, envolvendo Morgan, teve desdobramentos mesmo após a morte de Stan Lee. Um tempo depois de Lee morrer, Morgan foi acusado de vários crimes diferentes e agora terá que responder por roubo, fraude, abuso ao idoso e por uma espécie de cárcere, na qual Lee ficava impedido de ver quem ele quisesse.

Houve quem acusasse a filha de Stan Lee de estar junto com Morgan, já que ela morava com o pai e, aparentemente, nada fazia para poder ajudá-lo, mas isso nunca ficou comprovado e, provavelmente, se trata de um boato.

Últimos dias de Stan Lee

Dois dias antes de morrer, Stan Lee recebeu a visita de Roy Thomas. Para quem não é muito por dentro do mundo dos quadrinhos, Roy Thomas é o homem que assumiu o cargo de Stan Lee, depois que ele deixou a posição de editor-chefe da Marvel. Roy afirmou que, durante a sua visita, Stan Lee continuava muito animado e falava sobre suas expectativas de fazer aparições, em mais filmes da Marvel. Ao mesmo tempo, ele comentou que parecia que o autor estava preparado caso chegasse a sua hora de partir, como se estivesse em paz consigo mesmo.

Morte

O dia 12 de novembro de 2018 começou com Stan Lee sentindo-se muito mal. Então, ele foi levado às pressas para o Cedars-Sinai Medical Center, um hospital localizado na cidade de Los Angeles, na Califórnia. Se lembra que eu disse que ele enfrentava problemas respiratórios, como a pneumonia? Dessa vez, a doença voltou com bastante força e Lee não resistiu. De acordo com o relatório médico, que indicou a causa da morte, uma pneumonia por aspiração, teria sido o elemento principal, levando o autor a ter sucessivas paradas cardíacas e respiratórias.

A notícia da morte de Stan Lee deixou todo o mundo dos quadrinhos em luto. Homenagens por parte da Marvel, da DC e, claro, dos fãs, circularam a internet e outros meios de comunicação. O filme Capitã Marvel dedicou toda a icônica abertura da Marvel em homenagem a ele. Os atores e atrizes do universo cinematográfico também prestaram suas homenagens e reconhecimentos, repletos de emoção. Houve até uma petição feita após sua partida, para que uma rua nos Estados Unidos recebesse o nome do icônico mestre dos quadrinhos. Vale dizer que o corpo de Stan Lee foi cremado e suas cinzas entregues à filha. Confira a matéria em vídeo

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