Alimentar um sistema computadorizado com notícias pode ajudar a prever grandes eventos internacionais. Foi o que descobriram os pesquisadores da Universidade de Illinois, depois de testarem um sistema alimentado com notícias antigas e que determinou o quadro atual da política internacional. Mas o pessoal de Illinois não são os únicos a estarem desenvolvendo inteligência artificial para nos ajudar.
O Instituto Federal Suíço de Tecnologia, em Zurique, está trabalhando no desenvolvimento do Living Earth Simulator (LES), um supercomputador que será capaz de prever tudo o que acontece no nosso planeta. O projeto é apoiado pela Comissão Europeia, que já fez o repasse de 900 milhões de Libras (mais de 4 bilhões e setecentos milhões de reais).
A atual crise econômica e o colapso da zona do euro não foram previstos pelos modelos financeiros que a maioria dos líderes políticos usam. Mas o projeto LES será capaz de antecipar a desastres como a crise do Euro e por isso tem recebido apoio da Comissão Europeia.
O professor Steven Bishop, do University College London, é uma figura fundamental no projeto LES. Ele diz que o sistema bancário internacional pode ter mais surpresas desagradáveis, mas caso os condutores do LES encontrem informações sobre os precursores da instabilidade atual, o desastre pode ser evitado.
Dirk Helbing, um dos líderes do projeto no Instituto Federal Suíço, afirma que o LES será capaz até mesmo de prever doenças infecciosas como gripe suína, identificar métodos para combater as alterações climáticas e até mesmo detectar uma crise financeira iminente. Parece até meio assustador que um computador será capaz de tantos feitos, mas isso é só o começo da era definitiva da Inteligência Artificial que prevíamos nos anos 80. Ainda tem mais.
O inventor norte-americano Ray Kurzweil diz que os computadores irão ultrapassar a inteligência humana até 2029. E quando ele fala sobre inteligência, não se refere a inteligência lógica, mas sim da inteligência emocional. Da capacidade de ser engraçado e expressar até mesmo amor. Ele prevê ainda que a tecnologia ficará mais acessível, que nossos cérebros estarão conectados à internet global e que poderemos assim baixar habilidades, ao estilo Matrix. Também poderemos editar códigos genéticos como códigos de computador para curar doenças. O que você acha da ideia? Chega logo, 2029!