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Conheça 4 grandes povos da Amazônia pré-colombiana

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Hoje, quando pensamos na Floresta Amazônica, temos uma imagem bem diferente do que ela já foi no passado. Para muitos, pode parecer algo como um “inferno verde”, repleto de animais perigosos com vários desafios para a sobrevivência humana. Talvez, para os povos civilizados da sociedade moderna, mas não para os povos oriundos da terra.

Pesquisas recentes têm dado indícios de que a floresta era muito mais densa e populosa do que é hoje. Isso, bem antes do Brasil sequer ser descoberto pelos portugueses. Antes disso, a Amazônia era o lar de vários povos indígenas de culturas diferentes, que levavam uma vida rica e abundante, na mata.

É claro que isso não ficou documentado em livros e registros oficiais. Inclusive, uma das principais fontes, sobre o assunto, é o diário do Frei Gaspar, um dominicano espanhol que participou de uma expedição, em 1542. Ele saiu do rio Amazonas em sua nascente no Peru, e viajou até a sua foz, em Marajó, no Pará.

Em síntese, os relatos do Frei têm sido confirmados, através de pesquisas arqueológicas na região. Mostrando a densa população, que ocupava as margens dos rios. Do mesmo modo, escavado a área, pesquisadores encontraram inúmeros objetos de pedra e cerâmicas, que reconstroem a história dos povos que viviam ali, antes de tudo mudar com a chegada dos estrangeiros.

Os povos de Marajoara

Datados entre os anos 400 e 1.300 d.C, os objetos, encontrados na ilha de Marajó, são ligados à cultura dos povos marajoara. Arqueólogos encontraram diversas urnas funerárias, tungas, cachimbos e muiraquitãs. Não se sabe ao certo o que levou ao desaparecimento dos povos Marajoara. Contudo, de fato, eles não estavam mais naquela região quando os colonizadores chegaram ao Brasil. E esse tipo de informação não está disponível em nenhum documento histórico.

Ademais, outro detalhe, que chamou a atenção dos pesquisadores, foram os desenhos feitos nos objetos encontrados. Muitos deles lembram animais como corujas, escorpiões e cobras. Em suma, itens que se unem às características humanas, as chamadas figuras antropozoomorfas.

Povos de Santarém

A cultura Santarém prosperou na região do rio Tapajós, onde, hoje, é o estado do Pará. De acordo com os arqueólogos, os objetos, ligados ao povo de Santarém, são encontrados em vários lugares diferentes. O que sugere que havia uma espécie de troca comercial entre os povos amazônicos. Esses povos viveram naquela região até meados do século 17, e até foram citados nos relatos do Freio. Em síntese, ele descreve que as aldeias dos povos de Santarém eram tão populosas, que poderiam chegar até 10 mil habitantes. Especula-se que o desaparecimento dessa cultura esteja relacionado ao alto índice de guerras e doenças causadas pelo contato com os europeus.

Os objetos tapajônicos intrigaram os pesquisadores. Aparentemente, esses povos misturavam as cinzas dos mortos a bebidas fermentadas, feitas de milho ou arroz. E depois, usavam vasos de cerâmica para, literalmente, beber os mortos.

Povos Guarita

Os Guaritas ocuparam a Amazônia Centra entre os rios Negro e Solimões, por volta de 700 d.C. Não se sabe ao certo se eram um povo só, ou se havia várias aldeias Em suma, guaritas ligadas a uma aldeia líder. Uma espécie de “capital” daquela cultura. Estima-se que as aldeias desses povos tenham abrigado entre 3.000 e 5.000 pessoas, algo totalmente inimaginável para a Amazônia atual. Um dos sítios arqueológicos dessa cultura, o Açutuba, tem cerca de 3 quilômetros de extensão. Lá, foram encontrados indícios da existência de uma grande praça pública. Em suma, sugerindo que eles eram um povo bastante evoluído politicamente.

Povos Maracá

Não se sabe exatamente qual o período exato que os povos de Maracá viveram no sul do Amapá, mas os objetos, relacionados a eles, datam entre 1445 a 1645 d.C. Esses objetos indicam que os Maracá tiveram contato direto com os europeus. Uma das características, mais interessantes dessa cultura, é a representação das urnas funerárias como figuras sentadas em banquinhos. Paras os arqueólogos, esses objetos tinham uma certa importância naquela sociedade, provavelmente, exercendo um poder social de distinção entre os povos. E assim como os povos de Marajoara, os Maracá também exibiam, em suas cerâmicas, representações de seres antropozoomorfos.

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