História

Conheça a história de 5 guerras causadas por motivos bizarros, a última foi por causa de um avestruz!

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Ao longo da história tivemos vários motivos de guerra diferentes, desde honra, glória e liberdade, até a busca por recursos naturais, a sensação de ameaça e, por outro lado, causas menos importantes.

É surpreendente saber que até mesmo situações aparentemente inusitadas podem provocar guerras, como a contenda entre a Austrália e aves parentes do avestruz, ou o conflito entre Honduras e El Salvador desencadeado por um jogo de futebol.

Confira alguns dos motivos mais estranhos que levaram homens a pegarem em suas armas!

5 motivos de guerra estranhos

1. Conflito de Lijar

No ano de 1883, a cidade espanhola de Lijar, habitada por uma população de apenas 300 residentes (número que permaneceu inalterado até os dias atuais), declarou guerra à França.

A motivação por trás desse gesto foi o episódio em que o então rei da Espanha, Alfonso XII, sofreu hostilidades em Paris.

Embora esse incidente não tenha causado um impacto significativo nas relações entre as duas nações, a cidade de Lijar estava firmemente decidida em sua postura.

Surpreendentemente, esse conflito perdurou por um século, mesmo sem um único disparo sendo efetuado.

Via Diário de Notícias

Quase um século depois, em 1976, o rei espanhol Juan Carlos fez uma visita a Paris e foi recebido com cordialidade pelos habitantes locais.

Em resposta a esse tratamento favorável, o prefeito de Lijar anunciou que, dada a “excelente atitude dos franceses”, a cidade decidira encerrar as hostilidades.

Consequentemente, em 1983, um acordo de paz foi finalmente assinado entre a cidade de Lijar e a França.

2. Cão fugitivo

No início do século 20, as relações entre Grécia e Bulgária estavam tensas devido a conflitos passados.

Para agravar a situação, grupos radicais búlgaros realizaram incursões nas fronteiras, provocando pequenos conflitos. Um desses grupos controlava a cidade de Petrich, localizada na fronteira entre os dois países.

Em 19 de outubro de 1925, um cidadão grego foi baleado ao atravessar a fronteira em perseguição ao seu cachorro que havia fugido.

Embora o governo búlgaro tenha tentado se desculpar pelo incidente, a Grécia decidiu declarar guerra e invadiu Petrich.

A Bulgária, preocupada com a escalada do conflito, buscou a intervenção da Sociedade das Nações, uma precursora da ONU.

Essa mediação não evitou a batalha, que resultou na morte de 100 soldados e em uma multa de 45 mil libras esterlinas imposta aos gregos.

O destino do cachorro, porém, permanece desconhecido, um detalhe curioso desse embate.

3. O Conflito do futebol

As tensões entre El Salvador e Honduras têm raízes históricas. Na década de 1950, os dois países enfrentavam desentendimentos devido a questões migratórias.

Com uma população de 3 milhões de habitantes em um território menor que o estado brasileiro de Sergipe, El Salvador vivenciou uma considerável emigração para o vizinho maior e menos populoso, Honduras.

A situação se agravou quando o governo hondurenho começou a deportar os imigrantes.

Além da crise migratória, disputas territoriais, incluindo ilhas no Golfo de Fonseca, no Oceano Pacífico, também aumentaram a tensão entre os países.

Em 1969, as tensões culminaram em um conflito armado, desencadeado por um dos motivos de guerra mais simples: um jogo de futebol entre as seleções nacionais dos dois países, que definiria a classificação para a Copa do Mundo do ano seguinte.

Via UOL

A partida terminou com uma vitória de 3×2 para El Salvador, levando ao rompimento das relações diplomáticas com Honduras. Duas semanas depois, em 14 de julho, as forças armadas dos dois países entraram em combate, usando até armamentos pesados da Segunda Guerra Mundial.

Um cessar-fogo foi alcançado quatro dias depois, em 18 de julho, com a intervenção da Organização dos Estados Americanos (OEA).

No entanto, os danos já estavam feitos: mais de 6 mil pessoas perderam a vida, principalmente civis hondurenhos.

4. Longa Duração

A guerra entre a Holanda e as Ilhas Scilly, localizadas na Inglaterra, marcou o confronto mais prolongado da história, embora tenha sido também o que menos resultou em consequências significativas: nenhum tiro foi disparado sequer.

Em 1651, essas nações disputaram um pequeno arquipélago, parte do Reino Unido. A animosidade durou apenas 3 anos, porém, devido à falta de um tratado, a “guerra” continuou por incríveis 331 anos.

Em 1985, Roy Duncan, um historiador e político representando as Ilhas Scilly, convidou o embaixador holandês residente em Londres para visitar o arquipélago.

Esse encontro culminou na assinatura de um tratado de paz, encerrando assim o mais longo conflito da história, que, notavelmente, jamais presenciou um confronto armado.

5. Conflito dos Emus

Via Revista Galileu

Por fim, um dos motivos de guerra mais engraçados aconteceu na Austrália em 1932, quando uma migração de mais de 20 mil emus, parentes dos avestruzes, avançou das áreas internas em direção à costa após o período de reprodução.

Esse movimento desencadeou a invasão de territórios particulares e a destruição de plantações em diversas fazendas.

Em resposta, o exército australiano tomou uma medida inusitada: declarou guerra contra esses animais.

Um contingente de soldados armados com metralhadoras Lewis e 10 mil cartuchos se mobilizou para enfrentar os emus. Entretanto, os emus demonstraram uma agilidade surpreendente, muitos continuando a correr mesmo após ferimentos.

O Major G.P.W. Meredith, líder da operação, relatou que os emus revelaram uma inteligência além do esperado. Eles adotaram uma estratégia de guerrilha, até mesmo designando um líder que monitorava os movimentos dos soldados enquanto o restante das aves saqueavam plantações de trigo.

Esse líder emitia um sinal para os demais emus quando os humanos atiravam, fazendo com que todos corressem em fuga.

O resultado desse insólito embate foi a derrota reconhecida pelo governo australiano após semanas de esforços, consagrando a vitória das aves.

 

Fonte: Revista Galileu

Imagens: Revista Galileu, UOL, Diário de Notícias

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