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Conheça a história de Mary Beatrice, a mulher negra que inventou o absorvente

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Ao longo da história, ocorreram diversas inexatidões histórias sobre invenções que mudaram a sociedade. Dessa forma, muitas das invenções que conhecemos hoje, foram, na verdade, criadas por mulheres e atribuídas a homens, em sua maioria, brancos. Pensando nisso, contaremos a história de Mary Beatrice, a mulher negra que inventou o absorvente.

Desde pequena, Mary Beatrice já demonstrava sinais de que teria facilidade para inventar coisas. Contudo, no decorrer de sua vida, ela descobriria que iria precisar enfrentar diversos desafios para ser reconhecida por suas invenções.

Uma inventora em uma família de inventores

Nascida em 1912, Mary Beatrice cresceu Charlotte, na Carolina do Norte, já com genes de inventora. Isso porque, seu avô materno inventou o sinal de luzes tricolor para guiar trens. E, sua irmã, Mildred Davidson Austin Smith, patenteou o jogo de tabuleiro da família para comercializá-lo. Além disso, seu pai, Sidney Nathaniel Davidson, que era pastor, em 1914, inventou um prensador de roupas para fazê-las caber em malas. Contudo, essa foi sua única invenção, que vendeu por 14 dólares e voltou para sua vida de pastor. Na época, ele chegou a recusar uma oferta de uma empresa de Nova York de comprar a ideia por 20 mil dólares. De fato, Sidney não estava interessado em seguir carreira como inventor. No entanto, isso era diferente para Mary.

Essa experiência com seu pai não a intimidou e Beatrice seguiu no caminho das invenções. Durante a noite, ela acordava de madrugada com ideias de invenções. Além disso, ela também passava horas de seu tempo, desenhando modelos e testando suas construções. Por exemplo, quando ela viu a água escorrendo de um guarda-chuva, ela inventou uma esponja que sugasse essa água. Dessa forma, o chão da casa de seus pais poderia ficar limpo.

Depois de muito criar, Mary Beatrice conseguiu uma vaga na prestigiada Universidade de Howard, logo que saiu do ensino médio, em 1931. Mas, por conta de problemas financeiros, precisou largar os estudos. Depois disso, entre trabalhos de babá e órgãos públicos, ela continuava anotando as ideias de suas invenções.

Uma mulher negra que entrou para a história

No ano de 1957, ela guardou dinheiro suficiente para assinar uma de suas patentes. Nessa época, ela já sabia da importância do registro, tudo para que segue o mesmo caminho de mulheres que foram apagadas pela história. Antes mesmo dos absorventes, ela criou os guardanapos sanitários. Dessa forma, sua invenção reduzia a chance da menstruação vazar, e logo, muitas mulheres aderiram ao produto.

Mesmo tendo criado o produto, Beatrice sabia que haveria um outro problema para registrar a patente, o racismo. Em entrevistas, ela contava que as empresas se interessavam por suas ideias. No entanto, desistiam quando se encontravam com a inventora. Tudo porque ela era uma mulher negra.

Ao longo de sua vida, Beatrice nunca conseguiu voltar para a faculdade. Contudo, mesmo subestimada, ela conseguiu registrar mais cinco patentes. Para se ter ideia, esse número de patentes é maior do que qualquer outra mulher americana e negra na história. No entanto, Mary nunca ficou famosa por suas invenções, mesmo sendo a grande mente por trás dos produtos. Ela inventou o absorvente externo, que melhorou a experiência dos guardanapos sanitários, utilizados até o final dos anos 1960.

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