Ciência e Tecnologia

Conheça a história de Maurice Hilleman, o homem que criou a vacina mais rápida da história

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Uma das perguntas que mais ouvimos nos últimos meses é: afinal, quanto tempo é necessário para desenvolver uma vacina? De forma resumida, podemos afirmar que não existe uma única resposta para essa questão. No entanto, podemos citar a história de Maurice Hilleman, o homem que criou a vacina mais rápida da história.

Ao longo de sua vida, Maurice Hilleman criou 40 vacinas para seres humanos e animais. Para se ter uma ideia, das 14 vacinas disponibilizadas hoje, nove foram criadas ou desenvolvidas por ele. E claro, por conta de sua trajetória surpreendente, a história de Maurice serve de inspiração para muitos pesquisadores atualmente.

Uma inspiração para os pesquisadores de hoje em dia

Para outros pesquisadores, Hilleman era conhecido por ser uma pessoa dura, impulsiva e que usava uma linguagem bastante vulgar. Entretanto, para além disso, ele também era conhecido por sua mente brilhante e por sua lealdade aos colegas de trabalho. De acordo com Anthony Fauci, médico e amigo Hilleman, ele era um “adorável rabugento”. “Nunca conheci ninguém tão esperto, mas tão grosseiro. Quem dera ele estivesse vivo, porque apontaria e diria: ‘este é o caminho’. E teria a razão, como sempre”, afirma Fauci. Nesse sentido, ele seria uma pessoa que poderia ser de grande ajuda para a pesquisa da vacina contra a Covid-19.

Entre uma pesquisa e outra, Hilleman nunca deixou dúvidas de que era um pai carinhoso. Isso porque, sua filha, Jeryl Lynn, sempre foi prioridade em sua vida. Portanto, quando ela tinha apenas 5 anos, a doença de sua filha o motivou a desenvolver uma vacina contra a caxumba em tempo recorde. “Meu pai tinha uma lista de doenças que ele achava que deveriam ser abordadas”, afirma Jeryl. Dessa forma, em apenas quatro anos, Hilleman desenvolveu a vacina que é usada até os dias de hoje. “Isso era muito raro naquela época, em sua área de atuação. Ele recebia uma bolsa e não tinha dinheiro. Sua dieta era um cachorro-quente por dia”, completa Jeryl.

Em apenas quatro anos, ele desenvolveu a vacina contra a caxumba

Uma vez que Hilleman trabalhava na indústria farmacêutica, ele tinha acesso a recursos que o possibilitaram desenvolver, testar e até produzir vacinas em massa. “Ele se envolveu apaixonadamente em todo o processo. Há muita coordenação para poder entregar uma vacina, e meu pai dirigiu o projeto até o final”, conta Jeryl.

Nos anos 1960, era possível que uma pessoa desenvolvesse esse tipo de projeto. Desse modo, os ensaios clínicos eram menores e mais rápidos do que são hoje. Além disso, também contavam com menos regulamentação. Assim, um ano após testes serem realizados em 1966, a vacina já recebeu licenciamento.

Ainda que já existisse uma vacina desenvolvida em 1948, sua imunidade era apenas temporária. Por isso, Jeryl e sua irmão, Kirsten, foram as primeiras a testá-las. “Seu objetivo, embora impossível, era tratar de eliminar qualquer doença infecciosa que pudesse fazer com que uma criança sofresse, fosse hospitalizada ou morresse”, afirma Paul Offit, professor de Pediatria e Imunologia da Universidade da Pensilvânia e colega de Hilleman. Atualmente, as vacinas desenvolvidas contra sarampo, caxumba, hepatite A, hepatite B, varicela, meningite, pneumonia e a bactéria Haemophilus influenzae fizeram parte das pesquisas de Hilleman.

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