História

Conheça a história de Zenóbia, a rainha descendente de Cleópatra que desafiou o Império Romano

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No século 2 d.C., o Império Romano atingiu sua maior extensão. Para se ter uma ideia, ele já abrangia grande parte da Europa, Oriente Médio e o Norte da África. Sendo assim, um dos mais importantes locais deste império se concentrava na cidade de Palmira, que era província da Síria. No entanto, com o tempo, a cidade se tornou tão poderosa que Zenóbia, a rainha descendente de Cleópatra e regente de Palmira, decidiu criar seu próprio império.

Entre os fatores que faziam Palmira ser uma cidade poderosa, podemos citar sua localização estratégia. Isso porque, a cidade se encontrava entre o Mar Mediterrâneo, a oeste, e o Rio Eufrates, a leste. Dessa forma, a cidade era uma parada obrigatória para quem estivesse viajando na Rota da Seda, que ligava o Oriente à Europa. Por conta disso, a cidade acabou enriquecendo rapidamente.

Zenóbia criou seu próprio império

No século 3 d.C., Palmira já era uma das cidades mais ricas do Império Romano. Além disso, ela também possuía grande importância militar, uma vez que servia como barreira para o Império Persa, que era vizinho da vida. Nessa época, o império era conhecido como Império Sassânida.

Por conta de tanto território conquistado, em 268, o Império Romano passou por uma de suas piores crises. Foi aí que Zenóbia decidiu aproveitar a oportunidade para criar um novo império. Sendo conhecida por sua habilidade militar e conhecimento, a rainha fundou o Império Palmira. Assim, entre os anos de 268 e 272, ela conseguiu tomar a Síria, o Egito, a Palestina, o Líbano e a Anatólia (hoje Ásia Menor).

No ano 270, Zenóbia estava tão poderosa que se autoproclamou rainha do Egito. Desse modo, ela chegou a cunhar moedas egípcias a sua imagem de rainha. Entretanto, ao contrário de sua antecessora, Cleópatra, seu reinado não durou muito tempo.

Voltando um pouco em sua trajetória, antes de chegar ao poder de Palmira, Zenóbia se casou com o príncipe Septimius Odenato. Assim, em 260, Odenato foi nomeado rei da região. No entanto, sete anos depois, em 267, ele acabou morrendo pelas mãos de seu sobrinho e de seu filho mais velho e herdeiro, fruto de um outro casamento. Porém, por conta do assassinato, a coroa foi herdada pelo filho mais novo de Odenato, Vabalato.

Seu objetivo final era dominar o Oriente

Uma vez que Vabalato não podia assumir o trono, sua mãe, Zenóbia tomou o lugar como regente. Além de inteligente, ela também era bastante ousada e foi uma das poucas pessoas que tiveram coragem de desafiar o Império Romano. Seguindo algumas das ideias de seu Odenato, Zenóbia aproveitou a crise no Império Romano para conquistar suas terras. Contudo, a chegada de um novo imperador, Aureliano, que sucedeu Cláudio, acabou com seus planos.

Um a um, Aureliano recuperou os territórios que havia perdido para Zenóbia. Com isso, ele estava restaurando o poder de Roma no Oriente e, com os territórios conquistados, ele passou a caçar Zenóbia. Depois de perder o Egito, Zenóbia se refugiou em Palmira, onde acabou sendo encontrada. Em seguida, Aureliano perdoou a rainha e a permitiu que levasse uma vida luxuosa em Tibur (atual Tivoli), como exilada. Nessa versão, ela se tornou uma grande filósofa da alta sociedade romana.

Enquanto rainha, Zenóbia também deixou um legado bastante tangível nas mudanças que fizeram na cidade, sendo considerada hoje, uma das maiores joias da antiguidade. Após sua passagem por Palmira, a rainha embelezou a cidade com templos, edifícios, monumentos e jardins. Seu reinado pode ter sido breve, mas sua história se tornou lenda na mão de escritores renascentistas. Além disso, sua trajetória também se tornou tema de inúmeras óperas, poemas e peças de teatro.

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