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Conheça a história do homem que previu o fim do capitalismo e que ajudou a entender a economia do mundo

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Para muitas pessoas, o fim do capitalismo acontecerá quando o proletariado tomar os meios de produção ou quando uma revolução, tão potente quanto, surgir. No entanto, para Joseph Schumpeter, nada disso acontecerá, mas, mesmo assim, o capitalismo chegara ao seu fim um dia. “O capitalismo pode sobreviver?”, se perguntou Joseph Schumpeter. “Não, acho que não”, completou.

Para Schumpeter, o que ele entendia como elementos ideológicos da análise marxista não seriam fortes o suficiente para acabar com o capitalismo. Assim, uma de suas principais obras: ‘Capitalismo, Socialismo e Democracia’, de 1942, ajudou a entender a economia de hoje. Mas, para além disso, também trouxe uma possível resposta de como será o fim do capitalismo.

Um dos maiores economistas do século 20

De acordo com muitos pesquisadores, Schumpeter foi um dos maiores analistas do capitalismo. “Considero Schumpeter o analista mais aguçado do capitalismo que já existiu. Ele viu coisas que outras pessoas não viram”, afirma. Thomas K. McCraw, professor emérito da Escola de Negócios da Universidade de Harvard.

Em uma entrevista para o Working Knowledge, o site da universidade, McCraw sugere que: Schumpeter “está para o capitalismo assim como Freud está para a psicologia”. Nesse sentido, ele seria “alguém cujas ideias se tornaram tão onipresentes e arraigadas que não podemos separar seus pensamentos fundamentais dos nossos”, completou o pesquisador.

Segundo Steven Pearlstein, professor da Universidade George Mason, nos Estados Unidos, Schumpeter “foi para a economia o que Charles Darwin é para a biologia”. Além disso, ele também foi considerado um dos maiores economistas do século 20. Por isso, ele recebeu títulos de gênio e até de profeta. Sendo assim, para outros pesquisadores e economistas, o futuro também será dele. Isso porque, o século 21 será o “século de Schumpeter”.

O sucesso do capitalismo será o seu próprio fim

Ao longo de sua vida, Schumpeter foi um excelente aluno e sempre fora apaixonado pelo conhecimento. Tendo nascido em 1883, ele presenciou o final da Primeira Guerra Mundial e a queda do império austro-húngaro. Depois disso, morou em sete países e fez uma fortuna. Mas foi nos Estados Unidos que deixou sua marca. Assim, em 1932, ele passou a lecionar na Universidade de Harvard, onde continuou até o fim de sua vida. Durante a Grande Depressão da década de 1930, “muitas pessoas inteligentes da época acreditavam que a tecnologia havia atingido seu limite, e que o capitalismo atingira seu auge”, afirma Thomas K. McCraw. Entretanto, “Schumpeter acreditava exatamente no oposto e, é claro, estava certo”, completa.

De forma resumida, “é a ideia de que o capitalismo destrói empresas não criativas e não competitivas”, afirma Fernando López, professor de Pensamento Econômico da Universidade de Granada. “O processo de acumulação de capital continuamente os leva a competir entre si e a inovar e apenas os mais poderosos sobrevivem”, completa. Sendo essa apenas uma de suas reflexões, entendemos mais do capitalismo graças a Schumpeter.

Para Schumpeter, com o tempo, os produtos se tornariam mais acessíveis para todos. Mas, “tornar algo acessível a todos leva a mentalidade socialista a entrar gradualmente nos poros do sistema capitalista e desacelerar sua característica essencial, que é a competição entre produtores”, afirma Pep Ignasi Aguiló, professor de economia aplicada na Universidade das Ilhas Baleare. Com isso, esse gesto de “apaziguar a concorrência e acabar gerando igualdade no acesso aos produtos”, traria o fim do capitalismo. Em seguida, Schumpeter estimou uma data: o fim do século 20. No entanto, ele acabou errando nessa previsão.

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