Ciência e Tecnologia

Conheça a história por trás da ilusão de ótica que levou mais de 100 anos para ser explicada

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Você é daquelas pessoas que adoram um desafio visual de quebrar a cabeça? Se a resposta for sim, essa é definitivamente para você. Nessa imagem, dois pontos cinza estão posicionados sobre um fundo que vai do cinza claro ao cinza escuro em degradê. Contudo, os dois pontos são idênticos, mas quando olhamos, eles parecem diferentes. Assim, cientistas tentaram decifrar o mistério da ilusão de ótima por mais 100 anos e, somente agora, o segredo foi encontrado.

Essa ilusão de ótica recebeu o nome de simultaneous brightness contrast (contraste de brilho simultâneo”, em tradução livre) e não é de hoje que seu efeito vem quebrando a cabeça de cientistas. No entanto, parece que finalmente eles acharam uma explicação do porquê vemos os dois pontos iguais, mesmo que eles sejam diferentes.

O segredo está na retina e não no cérebro

Para explicar o fenômeno, cientistas buscavam uma explicação para o que acontecia no nosso cérebro. No entanto, um estudo recente, realizado por cientistas do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, sugere outra explicação. De acordo com os pesquisadores, a ilusão se baseia em uma estimativa do brilho que acontece antes da informação chegar ao córtex visual do cérebro.

Em outras palavras, o segredo possivelmente estaria dentro da retina. “Todos os nossos experimentos apontam para a conclusão de que esse é um fenômeno de baixo nível”, afirma Pawan Sinha, professor de visão e neurociência computacional no Departamento de Ciências Cognitivas e do Cérebro do MIT. “Os resultados ajudam a responder à pergunta sobre qual é o mecanismo subjacente neste processo fundamental de estimativa do brilho”, completa. Ou seja, estamos falando de um componente que é “básico de muitos outros tipos de análise visual”, afirma o pesquisador.

Ao longo dos séculos, esse efeito chamou a atenção de muitos artistas. Dessa forma, podemos encontrar esse tipo de ilusão em obras de arte bastante antigas. Sendo assim, desde o século 19, já podemos encontrar pesquisas que tentam explicar o fenômeno. Com isso, essas pesquisas entender como percebemos os tons em contraste. Porém, mesmo com muitas pesquisas sobre o assunto, nem todas as perguntas foram respondidas.

Como os pesquisadores explicaram o fenômeno?

Para explicar a ilusão, os pesquisadores do MIT realizaram uma série de experiências. Em um desses testes, eles criaram um cubo com duas faces a vista. Dessa forma, uma estava pouco iluminada e outra mais iluminada. Assim, quando colocamos um ponto idêntico em ambos os lados, o que é mais escuro parece ser ainda mais escuro do que, de fato, é. “Isso é o contrário do que o que acontece com as telas de contraste simultâneo padrão, em que um ponto sobre um fundo escuro parece mais brilhante do que um ponto sobre um fundo claro”, afirma Sinha.

Isso sugere que a estimativa de brilho ocorra muito cedo. Ou seja, antes mesmo que a informação vinda de cada um dos olhos se combine no processamento visual e chegue até o cérebro. Por isso, temos uma ilusão de ótica. “Isso é algo para que o sistema visual já está preparado para fazer, desde o nascimento”, afirma Sinha.

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