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Conheça a história por trás do filme de terror mais controverso de todos os tempos

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E aí, você é do tipo que gosta de filmes de terror? Não importando o quão assustador seja as cenas? Assiste ao gênero o ano todo, e não só em outubro no Halloween? Pois saiba que filmes de terror são tão antigos, quanto o próprio cinema. No entanto, ao longo da história, algumas produções chamam a atenção, pelo impacto que causaram na sociedade. Por isso, vamos contar a história por trás do filme de terror mais controverso de todos os tempos.

Pode ser que você não conheça, mas “Cannibal Holocaust” (Holocausto Canibal) é um filme, que colocou até o próprio diretor em graves apuros. Lançado em 1980, o longa-metragem é filmado na Amazônia e conta a história de quatro documentaristas, que entram na selva, para filmar indígenas. No entanto, eles somem, e dois meses depois, as latas de filme são recuperadas, revelando o que realmente aconteceu. Mesmo com premissas interessantes, o melhor (ou pior) do filme está nos seus bastidores.

O filme que levou seu diretor à prisão

Muito antes do filme A Bruxa de Blair popularizar o gênero de found footage, o filme italiano “Holocausto Canibal” foi o que inaugurou o gênero, que simula imagens feitas de modo ‘caseiro’. Em 1979, Ruggero Deodato foi contatado ,por produtores alemães, para fazer um filme semelhante ao “Último Mundo Canibal”. No entanto, o filme conseguiu ser um terror, bem mais controverso do que deveria ser.

Com apenas 10 dias após a estreia, Deodato foi acusado de fazer um filme snuff (onde atores morrem de verdade). Isso porque, no contrato com os atores foi estabelecido que eles só poderiam aparecer na mídia, depois de um ano da estreia do filme. Além disso, em pouco tempo, o filme ganhou grande visibilidade nos noticiários, só que não de uma forma positiva.

Em 1980, Ruggero Deodato foi convocado a se defender de acusações de crueldade com animais e também de assassinato em primeiro grau. No entanto, através de imagens de gravações, ele conseguiu explicar, como os efeitos especiais do filme foram feitos. Do mesmo modo que deixou claro, que os atores, ainda estavam vivos depois de tudo. Contudo, o diretor não podia negar que, de fato, animais morreram nas gravações do filme. Para se ter uma ideia, os animais realmente morreram, e além disso, também serviram de comida para os nativos que apareciam nas imagens. Entre os animais mortos, estão um quati, uma tarântula, um par de macacos-esquilo e um porco. Posteriormente, Deodato afirmou que se arrependeu de filmar as mortes reais dos animais.

Muito mais que um filme sobre canibalismo

Depois do diretor ser inocentado das acusações, o filme foi proibido na Itália, Reino Unido, Austrália e outros países. De acordo com as justificativas, a proibição acontecia devido à sua representação gráfica de violência, violência sexual e por conta das seis mortes reais de animais. Contudo, muitos países já revogaram algumas das proibições. No Brasil, o filme foi apenas classificado como impróprio para menores de 18 anos.

Atualmente, o filme permanece como uma grande referência para o cinema de terror. Entretanto, o próprio diretor não o considera como um horror. Ele ainda enfatiza, que o filme lida apenas com “coisas reais”. De fato, na história do filme, o ‘terror’ aparece como uma reviravolta na narrativa, só sendo mais para frente de sua duração. Além disso, o filme também aborda diversas críticas ao que seria o “mundo civilizado”. Uma vez que diversos noticiários mostram cenas de violência a todo momento, por que aqui seria diferente? De acordo com Deodato, o longa busca envolver o espectador e fazê-lo refletir sobre o comportamento da sociedade ocidental. Conforme entendemos a história do filme, podemos imaginar que nós somos os verdadeiros “selvagens” da trama.

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