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Conheça a Sepse, ligada a 1 em cada 5 mortes no planeta

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A morte é um mistério e uma certeza na vida de um ser humano. Como diz o ditado, a única certeza da vida é a morte. Mas mesmo que seja algo considerado natural, ela não deixa de mexer com os nossos sentimentos mais profundos das pessoas.

Pode ser difícil de se de mensurar mas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, estima-se que 102 pessoas morram por minuto, ao redor do globo. As causas da morte podem ser das mais variadas. Mas de acordo com um estudo, em 2017 foram 48,9 milhões de casos de sepse. E desses 11 milhões de mortes. Ou seja, uma em cada cinco mortes do planeta são causadas pela sepse.

Para quem não sabe, a sepse acontece quando os órgãos de uma pessoa param de funcionar de forma correta. E por causa disso, o corpo tem uma resposta imune fora de controle com relação à infecção.

Nem sempre a sepse mata as pessoas, mas quando ela não mata suas vítimas deficiências podem ser criadas ao longo da vida desses sobreviventes.

Em 2017, a maioria dos casos de sepse, 85% aconteceu em países de média e baixa renda. As regiões, que tiveram mais casos, foram a África Subsaariana, nas ilhas do Pacífico Sul, perto da Austrália e no sul, leste e sudeste da Ásia.

Condição

Dentre as vítimas da sepse as mulheres estavam em maior número do que os homens. E as manifestações de sepse aconteciam com maior incidência na primeira infância. Mais de 40% dos casos aconteceram em crianças com menos de cinco anos.

“Eu trabalhei na zona rural de Uganda, e sepse é o que vimos todos os dias. Assistir um bebê morrer de uma doença que poderia ter sido evitada com medidas básicas de saúde pública realmente fica com você”, relatou Kristina E. Rudd, a principal autora do estudo.

“Quero contribuir para solucionar essa tragédia, por isso participo de pesquisas sobre sepse. No entanto, como podemos saber se estamos progredindo se nem sabemos o tamanho do problema? Se você olhar para qualquer lista das 10 principais mortes globalmente, a sepse não está listada porque não foi contada”, ressaltou.

Para fazer uma nova análise os pesquisadores usaram o Global Burden of Disease Study. Ele é uma análise epidemiológica bastante abrangente que é feito pelo Institute for Health Metrics and Evaluation.

Vítimas

O estudo mostra 282 causas primárias de morte, mas ele não inclui a sepse como uma delas. E ela é considerada pelos especialistas como uma causa intermediária de morte. A causa primária é uma condição que está mais oculta, como por exemplo o câncer. E então, é essa condição que leva à causa intermediária que é a sepse e então o paciente morre.

De acordo com os pesquisadores, os dados que eles tinham dos bancos hospitalares eram de países com rendas média e alta. E por isso as estimativas de morte por sepse ficavam limitadas.

Além disso, as mortes por sepse que aconteciam fora do ambiente hospitalar também eram ignoradas nos dados. Principalmente as que aconteciam nos países de baixa renda. E essas novas descobertas são sem precedentes porque veem as mortes dentro e fora dos hospitais.

“Estamos alarmados ao descobrir que as mortes por sepse são muito mais altas do que as estimadas anteriormente, especialmente porque a condição é evitável e tratável”, disse Mohsen Naghavi, o autor sênior do estudo.

“Precisamos de um foco renovado na prevenção da sepse entre os recém nascidos e no combate à resistência antimicrobiana, um importante impulsionador da doença“, completou.

Prevenção

O estudo analisou as incidências e mortalidade por sepse entre 1990 e 2017, e felizmente viram que as taxas melhoram. Em 1990, o número de casos era de aproximadamente 60,2 milhões com 15,7 milhões de mortes. E em 2017, os casos caíram para 48,9 milhões, ou seja, 19% menor. E as mortes foram 30% menores com 11,0 milhões.

“Então qual é a solução? Bem, para começar, é uma infraestrutura básica de saúde pública. As vacinas, garantindo que todos tenham acesso a um banheiro e água potável, nutrição adequada para crianças e assistência médica materna resolveriam muitos desses casos”, explicou Rudd.

“Mas a sepse ainda é um problema aqui nos EUA, onde é o assassino número um de pacientes hospitalares. Todos podem reduzir suas chances de desenvolvê-lo ao tomar a vacina contra a gripe e a vacina contra pneumonia, quando apropriado. Além disso, precisamos fazer um trabalho melhor para prevenir infecções adquiridas em hospitais e doenças crônicas, como diabetes, que tornam as pessoas mais suscetíveis a infecções”, concluiu.

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