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Conheça a greve dos caminhoneiros no Chile que durou 26 dias e derrubou o governo

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Em 1972, em meio a uma crise econômica, o Chile passou algo parecido com o que os brasileiros estão vivendo nesse momento. Uma greve de caminhoneiros, que durou 26 dias, terminou por agravar a situação socioeconômica do país e destituiu o então presidente Salvador Allende.

No Brasil, quase 80% dos serviços de transporte de cargas são rodoviários. E, assim como no Brasil e Chile, a França também passou por uma greve em que toda cadeia de distribuição foi, basicamente, paralisada. No Chile, protestos contra a criação de uma autoridade nacional de transporte deram início a paralisação.

O prejuízo inicial ao país, naquela época, teria sido de cerca de 200 milhões de dólares. Se a greve fosse trazida aos dias atuais, esse valor daria um salto drástico para cerca de 1,2 bilhão. O governo do então presidente, Allende, teria promovido uma reunião com os caminhoneiros, no entanto, algumas das consequências eram irreversíveis.

A paralisação

Cerca de um ano após os protestos e paralisações, em agosto de 1973, 40 mil caminhoneiros, juntamente com mais de 200 mil empresários voltaram a promover as paralisações. O que resultou na deposição do governo de Allende, devido a crise e instabilidade econômica que enfrentava o país.

A segunda paralisação foi mais forte e intensa do que a primeira, pois o país sul americano ainda se recuperava dos acontecimentos do ano anterior. O governo foi tomado pelo exército e a força nacional, incluindo um bombardeio ao palácio presidencial de La Moneda.

Salvador Allende acabou se matando. A crise que afetava o país, juntamente com a greve, que já atingia cerca de 26 dias, fizeram com que o Ministério do Planejamento Nacional chileno emitisse um comunicado alertando sobre as consequências econômicas que a paralisação dos caminhoneiros estava resultando.

“A agricultura está seriamente ameaçada, a indústria desacelerou e o suprimento de commodities atingiu um ponto crítico”, afirmava o relatório. Gonzalo Martner, o então ministro da pasta também se posicionou a respeito: “Esta é uma greve política, com o objetivo de derrubar o governo com a ajuda do imperialismo”, afirmou Martner.

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