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Conheça a história do príncipe africano que abandonou o trono para se casar

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Se pudêssemos fazer uma analogia da história dessas duas pessoas, seria como se fosse um Romeu e Julieta moderno e com um final feliz. Ao invés de estarem separados por famílias, estavam separados por preconceitos e pelo racismo da sociedade. De um lado temos um futuro rei de uma nação e do outro uma mulher forte que sabia o que queria. Os dois juntos passaram por diversas situações para no fim superarem seus desafios. Eles conseguiram escrever uma história inspiradora e poderosa. Essa história se passa entre as décadas de 40 e 50 no Reino Unido, e leva consigo reflexões que naquela época eram tidas como tolas. Uma época onde pessoas eram julgadas por sua cor e etnia.

Hoje a Fatos Desconhecidos traz para você uma história de luta e amor entre duas pessoas, que unidas por um sentimento comum superaram os desafios do seu tempo. Conheça a história do príncipe africano que abandonou o trono para se casar. Não só isso, como junto de uma mulher forte, conseguiu achar uma maneira de liderar seu povo, mesmo sem uma coroa.

Amor à primeira vista

Seretse Khama estava destinado a ser o rei da tribo Bamangwata, no Sul da Africa. Contudo, antes de assumir seu reinado, ele foi para o Reino Unido estudar Direito em Oxford. Lá o príncipe conheceu uma mulher chamada Muriel Williams. Um belo dia, Muriel apresentou para ele sua irmã chamada Ruth.

Ruth, que trabalha em uma empresa de seguros e era branca, possuía um contexto muito diferente de um príncipe africano. Contudo, ela foi a mulher que roubou o coração de Khama. Segundo Muriel, ela nunca conheceu duas pessoas que tinham tanto em comum. O grande problema é que ainda no fim da década de 40 a questão racial era muito presente na sociedade.

A renúncia

Quem dava aprovação com quem o príncipe iria casar era seu tio, já que seu pai havia falecido. Acontece que ao final do seu curso, pelas leis de seu povo, ele deveria voltar à sua terra natal e se casar com alguém da mesma etnia. Por conta disso, seu tio desaprovava completamente seu casamento, principalmente por sua noiva ser branca.

Foi em 1948, depois de muita luta dessas duas corajosas pessoas, que eles conseguiram se casar. Não foi um casamento religioso, pois foram vetados por causa do preconceito, porém conseguiram fazer um casamento civil e um contrato de núpcias. O que acontece quando um príncipe negro e uma mulher branca de classe média se unem por amor? A união virou uma polêmica nacional, mesmo porque naquela época brancos e negros não se misturavam.

O Reino Unido proibiu Seretse de voltar ao país até 1955, mesmo porque na África do Sul estava havendo muitos protestos a favor de casamentos inter-raciais. Em 1956, Seretse pôde voltar para o país na condição de renunciar seus direitos tribais e deixar de ser rei.

Vida política

Seretse renunciou, porém, pelo seu senso de liderança e responsabilidade, ele encontrou na politica uma forma de guiar seu povo. Khama fundou então o Partido Democrático de Bechuanalândia (onde sua tribo residia) e foi eleito o presidente do país, tendo Ruth como sua primeira dama.

O dois eram inseparáveis. A irmã de Ruth dizia que eles formavam um casal perfeito. Ela se lembra de uma situação cujo carro de Seretse quebrou e quem o arrumou foi Ruth. De acordo com Muriel, Seretse disse: “Definitivamente me casei com a mulher certa”. A história desses dois é um conto de luta contra preconceitos e racismo. Não só isso, mas uma história de amor intensa que durou até o fim da vida desses dois guerreiros.

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