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Conheça o curioso experimento japonês que começou em 1973

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Em 1973, cientistas de Miyazaki, em Kyushu, uma das quatro ilhas principais do Japão, começaram uma experiência. O experimento consiste em plantar muitas árvores. São quase 50 anos para que os cientistas possam colher os primeiros resultados. Muitas pessoas começaram a se intrigar com o projeto em 2018, devido ao padrão das árvores quando vistas de cima.

Elas muito se pareciam com aqueles círculos que já apareceram em plantações em diversas partes do mundo, que ainda causam polêmica pelo desconhecimento de sua origem. Durante a década de 1980, muitos desses círculos surgiram, com suas aparições diminuindo nos anos 2000. Com o tempo, a ideia de que seres alienígenas eram os responsáveis por estes círculos começaram a ganhar força.

Os círculos japoneses

No entanto, as árvores que estão crescendo no Japão em nada tem a ver com esses círculos misteriosos em plantações. As árvores estão crescendo nessa formação porque foi exatamente assim que os pesquisadores responsáveis por seu plantio, em 1973, projetaram.

Cientistas do Ministério da Agricultura, Silvicultura e Pesca do Japão criaram o experimento para observar o crescimento dos cedros Obisugi, árvores escolhidas para o plantio no experimento e que são originárias da região de Miyazaki. Elas são comercialmente importantes e este é o motivo de sua escolha para esse projeto. A madeira do Obisugi possui um alto teor de óleo, o que a torna menos propensa ao ataque de insetos e é, portanto, uma ótima escolha para a construção civil.

Este tipo de árvore é costumeiramente utilizada na construção de escolas, escritórios, entre outros. Essas plantações experimentais costumam acontecer em terras densamente floretadas, a cerca de 16 quilômetros ao norte de Nichinan. Além de uma próspera indústria madeireira, essa cidade é cercada por terras agrícolas responsáveis pelo cultivo de laranjas e tangerinas.

No experimento, foram plantadas mais de 700 cedros em duas seções em padrões circulares. Em cada um dos círculos, os cedros foram plantados com um certo afastamento, com as árvores do centro mais próximas do que as das beiradas. Isso foi feito para medir os impactos nas árvores a medida que elas crescem.

Com isso, os pesquisadores esperam identificar a melhor forma para plantá-las, que não prejudicasse seu crescimento, para que pudessem produzir madeira de alta qualidade para alimentar a indústria da construção civil. O plantio em círculos, com o devido espaçamento, permite que os pesquisadores possam acompanhar o crescimento das árvores conforme elas vão envelhecendo.

No começo, as árvores podiam ser monitoradas presencialmente, enquanto os cientistas podiam caminhar entre elas. No entanto, conforme seu crescimento e as novas tecnologias vieram, eles podem agora acompanhá-las com a ajuda de drones e assim ter um vislumbre dos cedros de cima. E foi assim que, ao visualizar as imagens capturadas com os drones, é que eles perceberam que haviam criado involuntariamente os padrões na floresta, que lembram os misteriosos círculos em plantações.

Os resultados do projeto já começaram a ser apurados. Os cientistas florestais identificaram que as árvores mais distantes dos centros dos círculos e com mais espaço, cresceram vigorosamente, atingindo cerca de 20 metros. Já as árvores nos centros dos círculos atingiram uma altura de aproximadamente 15 metros.

No início, era planejado que os cedros seriam cortados apenas em 2023. Porém, os pesquisadores estão se questionando em relação a isso. Um potencial turístico em relação às árvores parece ter plantado neles a sombra da dúvida. Por enquanto, o destino que será dado aos cedros é inconsistente.

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