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Conheça o lado sombrio de Albert Einstein

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Sendo lembrado até os dias de hoje, Albert Einstein foi consagrado como o criador da teoria da relatividade, um dos pilares da física moderna. Além da própria mecânica quântica. Contudo, diários dos anos 1920 podem ter revelado o lado sombrio de Albert Einstein.

Recentemente, diários de viagens revelaram visões racistas e xenofóbicas de Einstein. Além disso, os registros contradizem a luta contra o racismo, na qual ele chegou a se engajar. “São pessoas industriosas, imundas e obtusas”, escreveu sobre algumas pessoas, em um dos trechos.

Einstein era racista e xenofóbico?

No final de 1922, Einstein viajava por países da Ásia e Oriente Médio, com sua esposa, Elsa. Contudo, diários recentes dos pensamentos de suas viagens podem surpreender os que conhecem a história do físico. Depois de irem da Espanha até o Oriente Médio, Elsa e Albert Einsten passaram pelo Ceilão, China e Japão. Com isso, eles acabaram deixando uma série de pensamentos questionáveis sobre os povos locais.

Recentemente, no ano de 2018, esses diários de Einstein foram publicados pela Princeton University Press. Sob o nome de The Travel Diares of Albert Einstein: The Far East, Palestine, and Spain, 1922-1923 (Os Diários de Viagem de Albert Einstein: O Extremo Oriente, Palestina e Espanha, 1922-1923), o diários trouxeram comentários polêmicos. Em diversos trechos do escrito, Einstein demonstrou generalizações negativas para descrever os povos e as regiões. Além disso, há uma particular crueldade com ao se referir aos chineses.

Ao chegar à cidade de Porto Said, no Egito, o físico escreveu algumas declarações racistas sobre diversos povos. De acordo com Einstein, eles eram “Levantinos de todas as tonalidades, como se fossem vomitados do inferno” e entrassem em seu navio para vender mercadorias. Contudo, as declarações não pararam por aí. Ao se referir a população do Ceilão, ele comentou que o povo “vive com uma grande imundície e considerável fedor no chão” e “faz pouco e precisa de pouco”.

Textos nunca antes publicados

Para muitos, não é fácil imaginar essas palavras sendo escritas pelo físico alemão. Entretanto, os comentários mais racistas se concentram no povo Chinês. Para o físico, as crianças chinesas eram “sem espírito e obtusas” e seria “uma pena se os chineses suplantassem todas as outras raças”. Além disso, o país era uma “nação peculiar com cara de rebanho”, onde homens e mulheres possuíam poucas diferentes. E eram “mais parecidos com autômatos do que com gente”.

Surpreendentes para o público em geral, essa é a primeira vez que os diários são publicados como um volume independente em inglês. Contudo, anos depois, em 1933, é possível que a mentalidade de Einstein tenha começado a mudar. Dessa forma, o físico teria sido obrigado a se mudar para os Estados Unidos enquanto fugia do nazismo. Com isso, ele chegou a ver, de perto, a segregação entre negros e brancos em espaços públicos.

Depois de ver escolas e cinemas separando pessoas pela cor, Einstein disse ter visto semelhanças entre a forma como  judeus eram perseguidos na Alemanha e como negros estavam sendo tratados. Para Chris Buckler, jornalista da BBC News, os diários servem para mostrar as mudanças em seu pensamento. De fato, podem demonstrar “como as opiniões do cientista sobre raça parecem ter mudado ao longo dos anos”, afirma Bucler. Além disso, “seus diários estão repletos de reações instintivas e visões pessoais. No contexto do século 21, são pensamentos que podem manchar a reputação de um homem reverenciado quase tanto como humanitário quanto como cientista”.

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